segunda-feira, julho 26, 2010

Plano de gestão ambiental: Cimentos diz que cumpre sociedade pede provas

A CIMENTOS de Moçambique garante estar a cumprir integralmente com o plano de gestão ambiental, aprovado em 2007 pelo Governo para ser implementado na fábrica da Matola, província do Maputo. No entanto, representantes de diversos sectores de actividade que sexta-feira visitaram aquela unidade fabril, embora reconheçam o esforço da empresa, exigem a apresentação de dados numéricos sobre o nível de emissões de gases na atmosfera.

Nos últimos anos a unidade fabril da Matola foi largamente criticada devido às elevadas emissões de poeiras resultantes do funcionamento da fábrica, o que obrigou o Governo a exigir daquela indústria a apresentação de um plano de gestão ambiental que resultou na concessão da licença provisória ao abrigo da qual está actualmente a operar.
Sexta-feira os gestores da empresa convidaram representantes de diversos sectores de actividade para visitarem a fábrica no intuito de testemunharem os últimos desenvolvimentos em matéria de gestão ambiental daquela indústria.
Com efeito, o presidente do Comissão Executiva da Cimentos Moçambique, Steffen Kasa, explicou que a sua instituição já concluíu a montagem dos filtros, faltando a cobertura da secção de armazenamento das matérias-primas, investimento que está condicionado à finalização de um estudo já em curso.
Em Junho do ano passado foi inaugurado o filtro de mangas no arrefecedor da linha de produção de clínquer, num investimento calculado em cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos. “Agora estamos a inaugurar mais um filtro na área de recepção de calcário”, referiu Steffen Kasa.
Disse que a empresa está já a embarcar num novo projecto, nomeadamente a montagem de um filtro de mangas para o forno, o que, segundo argumentou, faz acreditar no cumprimento integral do plano de gestão ambiental até 2012.
“Nós temos uma política de emissões de gases na atmosfera dentro dos níveis aceitáveis em qualquer parte do mundo. Por isso, a tecnologia que estava instalada na fábrica não serve mais para este desafio”, referiu Steffen Kasa.
Entretanto, embora reconheça o esforço que tem vindo a ser desencadeado pela empresa com vista à mitigação do impacto ambiental do seu funcionamento, a sociedade está a exigir uma melhor política de comunicação com vista a colocar os interessados a par do que está a acontecer na cimenteira.
O representante da Justiça Ambiental, também presente naquela visita-encontro de auscultação, pediu, por exemplo, que nos futuros encontros a Cimentos de Moçambique coloque à disposição dados numéricos referentes ao nível de emissão de gases, ao que a direcção da empresa anuiu.
Outros participantes pediram prazos concretos para eliminação da nuvem de poeiras que por vezes é emitida pelas chaminés da fábrica, e que tem estado na origem da palidez das plantas localizadas nos arredores da fábrica de cimentos.
Sobre a nuvem de poeiras, a Direcção da Cimentos de Moçambique disse ser difícil apresentar datas, mas garantiu que foi já encomendado um estudo para avaliar o impacto das emissões e quiçá apresentar a melhor alternativa para acabar com a nuvem.
Aliás, com vista a minimizar a emissão de poeiras e fumos, a Cimentos de Moçambique substituiu o uso de carvão mineral por gás natural, daí que, segundo foi anunciado, estar se a poupar a natureza de cerca de 70 mil toneladas de dióxido de carbono.

notícias, Director: Rogério Sitoe. Maputo, Segunda-Feira, 26 de Julho de 2010

Infecção com HIV: Fazer circuncisão não é “varinha-mágica”


A CIRCUNCISÃO reduz em 60 porcento o risco de infecção com o vírus da SIDA, sendo recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas reconhece-se que ela não é nenhuma uma “varinha mágica” para a solução deste grande problema.
A afirmação foi feita em Viena (Áustria), pelo ugandês David Okello, director regional da OMS em Brazaville (Congo), que considera que há “suficientes provas científicas para a promover como um dos método para prevenir a SIDA”.
No entanto, Okello alertou que a circuncisão, que custa cerca de 50 dólares (1.750,00 Mts), não é um “preservativo natural”, defendendo que a intervenção cirúrgica deve ser acompanhada por um intenso acompanhamento, sobretudo relativamente ao uso do preservativo.
A organização norte-americana Population Services International (PSI) circuncidou desde 2008 cerca de 60 mil homens em vários países africanos, incluindo Quénia, Suazilândia, Zâmbia, Botswana e Zimbabwe.
Investigações posteriores com seis mil homens demonstraram que a intervenção reduziu o risco de infecção com o vírus da Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV), apesar de as mulheres continuarem com o mesmo risco de infecção se mantiverem relações sexuais desprotegidas com homens circuncidados.
Krishna Jafa, directora do PSI para o HIV, assegurou por sua vez que, se a circuncisão alcançasse 80 porcento da população masculina da África Oriental e do Sul, “poderiam evitar-se nos próximos cinco anos cerca de quatro milhões de infecções”, até 2025.
Alcançar estes resultados vai significar também “uma poupança nos gastos de saúde de cerca de 20 mil milhões de dólares no mesmo período”, acrescentou Krishna Jafa.
O filantropo multimilionário e fundador da Microsoft, Bill Gates, que financia uma campanha de circuncisão de homens em África, afirmou, num discurso proferido na segunda feira, no âmbito da Conferência SIDA 2010, que terminou na última sexta feira em Viena, que “o custo de não fazer nada é muito superior ao dos programas de circuncisão”.
No entanto, esta iniciativa não está isenta de polémica: a organização norte-americana Intact America considerou que “a promoção da circuncisão masculina envia uma mensagem equívoca, cria um sentido erróneo de protecção e expõe as mulheres a mais riscos de se infectarem com o HIV”.
“Os homens já fazem fila (em África) para serem circuncidados, acreditando que já não precisam de usar mais o preservativo”, alertou Georganne Chapin, directora daquela instituição, em comunicado.

notícias,Director: Rogério Sitoe. Maputo, Segunda-Feira, 26 de Julho de 2010

sexta-feira, julho 23, 2010

O que entedemos por Tecnologia?

Na Economia existem três questões fundamentais para qualquer actividade, sociedade e para qualquer indivíduo: O quê Produzir? Como Produzir? Para quem Produzir? É na relação com a questão Como Produzir, onde nasce o Conceito de Tecnologia.

Posto isto, entendo tecnologia como sendo todos os meios, formas ou técnicas utilizadas de modo a maximizar lucros, minimizando custos; ou ainda tecnologia é o método mais eficiente adoptado em qualquer processo.

Exemplos: A máquina a vapor (mais barata) que substituiu os cavalos nos transportes; Aviões que substituíram aos carros de ferro; os Computadores que substituíram dactilógrafos e o papel que substituiu muitos trabalhadores de serviços (Samuelson & Nordhaus,1999:28).

Tecnologia Vs Progresso Tecnológico
O Progresso Tecnológico é a melhoria no processo produtivo (bens e serviços), modificação de produtos antigos e/ou produção de novos.

Vide Progesso tecnológico - Adaptado, Samuelson & Nordhaus (1999:108): O Progresso tecnológico (acompanhado de métodos de gestão), desloca a função produção para cima.
Exemplos Impressionantes:
• Aviões gigantes que aumentaram o numero de passageiros em 50% nos últimos anos;
• Fibras ópticas que melhoraram e baixaram os custos de telecomunicações;
• Tecnologia dos computadores que aumentaram a capacidade de processamento em mais de 1000 vezes.


Distinção Importante

• Inovação de Processo – quando novo conhecimento desenvolve novas técnicas de produção os produtos existentes;
• Inovação de Produto – quando há introdução de novo produtos ou melhorados.

A primeira tem a ver com o gráfico 1 e, é comum `as empresas para produzir o mesmo produto com a menor quantidade de factores produtivos.

Numericamente:
Suponhamos que numa dada empresa a produtividade (relação output-input) ou a produção por unidade de factor produtivo, está a aumentar a 4% ao ano. Observando esta empresa uma década depois, certamente que o progresso no conhecimento técnico e tecnológico teria levado a um desenvolvimento de quase 50% na produção por unidade de factor produtivo. Senão vejamos: , fazendo as taxas, teríamos:



Tecnologia Vs Progresso Económico
Ademais, segundo Samuelson & Nordhaus (1999:520-521), um dos factores (roda) para o crescimento é necessariamente a tecnologia.

As quatro rodas do Crescimento Económico são:
1. Recursos Humanos – Oferta de trabalho, educação, a dimensão da população activa, a qualificação, disciplina e motivação;
2. Recursos Naturais – Terra, minerais, combustíveis, qualidade ambiental, petróleo e gás, solos e clima;
3. Formação de Capital – Máquinas, fabricas, estradas, equipamentos e infra-estruturas;
4. Tecnologia – ciência, engenharia, gestão, iniciativa empresarial, qualidade de conhecimento cientifico e técnico, competência de gestão, premio pela inovação.

Resumidamente: : O Crescimento Económico é função de Capital, Trabalho e Recursos Naturais.

quarta-feira, julho 21, 2010

Planta rara em risco de extinção no país


A “RAPHIA australis”, uma planta rara de múltiplas aplicações na sociedade e que a nível nacional apenas ocorre na zona de Bobole, distrito de Marracuene, a aproximadamente 30 quilómetros da cidade de Maputo, não consta da lista das espécies em extinção a nível global. No entanto, internamente existe uma grande preocupação dos investigadores da área, os quais vão envidar todos os esforços para salvar a planta da destruição provocada pelos camponeses que praticam agricultura na área.

Quem não se conforma com o que se está a passar com a “raphia australis” são os investigadores do Centro de Investigação Florestal (CIF). Embora a planta não conste da lista das espécies globalmente em extinção nos termos da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Silvestre Ameaçadas de Extinção, ratificada pelo Conselho de Ministros conforme a Resolução 20/81 de 30 de Dezembro, não restam dúvidas que a nível nacional a planta é única e digna de protecção.

De acordo com Massingue, a planta ocorre também isoladamente em Machubo, outra margem do mesmo riacho que faz a comunicação entre os rios Incomati e Matola. Nesta área, ainda é possível travar o seu derrube com alguma facilidade, pois são poucos ainda os camponeses que lá trabalham.

Entrevistado pela nossa Reportagem, o investigador começou por dizer que não tem confirmação da existência da planta noutras regiões do país. Já ouviu que é possível que ocorra em Calanga, uma localidade do distrito da Manhiça, localizada entre o rio Incomati e o Oceano Índico, informação que carece de confirmação.

De acordo com Massingue, a “raphia australis” é da família “arecaceae” e pertence a um género que tem mais de 20 espécies. Ela ocorre na zona tropical da África, particularmente em Madagáscar e América Latina.

É uma planta que tem a particularidade de ter um pecíolo longo, sendo por isso a palmeira com folhas mais largas relativamente às demais da mesma natureza. Geralmente pode atingir 16 metros de altura. Assim sendo, as suas aplicações são múltiplas comparativamente a palmeiras de outra natureza.

Um outro aspecto é que a “raphia australis” é uma das poucas plantas que possui flores masculinas e femininas, significando isto que para a sua multiplicação os dois tipos de flores entram, de forma natural, em contacto, gerando a semente. que pode brotar, dando novos indivíduos da espécie.

Outra nota particular é que ela floresce uma única vez num período de entre 20 a 40 anos. Posto isso, ela morre. “A raphia autralis autoperpetua-se de forma natural ou, por outra, ela tem uma regeneração natural”, referiu Eduardo Massingue.

Um outro facto interessante, ao contrário de outras palmeiras como o coqueiro, a “mhala”, uma vez iniciada a floração, atinge o ponto máximo do seu crescimento e acaba por morrer após a queda dos frutos.

A sua protecção na Reserva Natural de Bobole é necessária, uma vez que quando os pequenos frutos caem no solo brotam, dando novos indivíduos, garantindo a sobrevivência da espécie, mesmo depois da morte natural da planta-mãe.

Entretanto, de acordo com Cacilda João, engenheira que trabalha no CIF, no dia 19 de Fevereiro de 2004 fez-se a primeira experiência para que a planta germinasse fora do seu habitat natural.

Foram lançadas sementes diferentes em areia grossa, em condições diferentes. Passaram 14 meses e não germinaram. Perante este facto, os investigadores retiraram as sementes, tendo-as lançado debaixo de uma árvore, cobrindo-as com capim.

Porém, depois de quatro meses, os investigadores viram que novos indivíduos estavam a despontar debaixo da árvore-mãe. Este facto é utilizado hoje como base para afirmar que a semente pode germinar em seis meses.

Porém, o desafio continua, pois as sementes que germinaram haviam sido lançadas – nos 14 meses – em várias condições.

“Neste momento, o desafio é estudar os mecanismos da sua fácil multiplicação. É por isso que estão em curso análises de tecnologias que possam acelerar a sua germinação”, disse Eduardo Massingue.

“Desta vez vamos usar vasos plásticos e plantar em diferentes condições, pois queremos que esta espécie continue”, explicou Cacilda João, engenheira que abraça a iniciativa.

De acordo com ela, serão criados cenários diferentes para que as sementes possam brotar. Seguidamente, será escolhida a opção que mostrar maior viabilidade, tendo em conta que a areia a utilizar será grossa. De acordo com a investigadora, este tipo de areia é importante nesta fase de estudo na medida em que não tem micróbios que possam infectar as sementes e provocar um crescimento deficiente.

Por outro lado, é preciso estudar a possibilidade da sua multiplicação fora da Reserva, pois ali é ameaçada pelos camponeses para além de que é importante ver a possibilidade da sua adaptação noutras regiões.

A par disso, o CIF está em contacto com uma instituição de investigação portuguesa que poderá apoiar Moçambique na multiplicação da planta, em perigo de extinção devido à acção dos camponeses.
António Manhiça, vigilante da Reserva


GOVERNO DISTRITAL OFERECE TERRA PARA MULTIPLICAÇÃO

OS Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) de Marracuene juntaram-se aos esforços que visam lutar a favor da “raphia australis”. Neste contexto, Joel Nhassengo, director da SDAE, garante desde já que o sector que dirige está disposto a atribuir espaço para o lançamento da semente. Esta é uma alternativa que se pode utilizar, tendo em conta que, presentemente, é complicado retirar os camponeses que praticam agricultura nas zonas onde ela ocorre, de forma natural.

Por outro lado, o SDAE pensa em adjudicar a reserva a privados. Estes poderão criar algumas infra-estruturas que possam atrair turistas, garantindo a existência da planta.

Por outro lado, o SDAE elaborou um plano que já o submeteu ao Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) para obter apoio financeiro. Através do referido plano, o SDAE prevê contratar guardas para velar pela reserva, de forma diferente.

Nos termos do referido plano, os vigilantes seriam remunerados, diferentemente do que acontece neste momento em que estes nada ganham.

“Acreditamos que isso vai estimular os vigilantes, pois temos que reverter o cenário que se vive naquele local”, sublinhou o director.

No mesmo plano, de acordo com Nhassengo, prevê-se a vedação da área. Caso se consiga concretizar a iniciativa os camponeses serão retirados, pois a zona estará vedada.

“Estamos à espera da resposta de FDA para delinearmos o passo a seguir”, disse Nhassengo que aproveitou a oportunidade para apelar aos camponeses no sentido de não destruírem os pequenos indivíduos da espécie.

Serviu-se igualmente da nossa Reportagem para alertar às autoridades de que embora tenham criado a reserva mostram-se impotentes para garantir a manutenção da planta.

Aliás, basta recordar que o secretário do 3º bairro de Matalane, João Assone, e o vigilante António Manhiça manifestaram preocupação pelo estado em que a Reserva Natural de Bobole se encontra.
Escrito por Jornal Noticias Terça, 20 Julho 2010 07:38

terça-feira, julho 20, 2010

Milho contaminado ajuda a propagar o HIV em África

Um novo estudo sugeriu uma ligação potencial entre milho contaminado e o alastramento do HIV na África sub-Sahariana.
Pesquisadores nos EUA descobriram que quando o consumo de farinha de milho aumentou na região, aumentou também a taxa de transmissão do HIV.

Segundo eles, a fumonisina - um fungo que afecta o milho e que é causado por pestes - pode tornar as pessoas mais vulneráveis à infecção por HIV.

O estudo, publicado pelo Jornal Norte-Americano de Nutrição Clínica, parece ser o primeiro a fazer essa conexão.

Os pesquisadores dizem que a melhoria da qualidade do milho poderá evitar anualmente até um milhão de casos de HIV na África sub-Sahariana - o que representa uma redução de mais de 50%.

A fumonisina é uma toxina que foi ligada, em alguns estudos, ao aumento da taxa de cancro do esófago, o tubo que liga a garganta ao estômago.

Fonte: BBC

Mart Nooij é o treinador dos Mambas por 4 anos

Parece ter chegado ao fim o folhetim da contratação de um técnico para a selecção de futebol.
Mart Nooij foi finalmente confirmado como selecionador dos Mambas, tendo assinado em Maputo um contrato de 4 anos com a Federação Moçambicana de Futebol.

O processo de renovação com o holandês teve muita polémica mas chegou-se a um entendimento e Mart Nooij manifestou satisfação com a tarefa que pela frente.

O contrato de Mart Nooij com a Federação é por 4 anos mas estará sempre dependente da realização de objectivos.

O primeiro objectivo do treinador será levar os Mambas à fase final do CAN de 2012, cuja fase de apuramento começa em breve.
Fonte: BBC

Número de infecções por HIV cai nas camadas jovens

As últimas estatísticas das Nações Unidas apontam para uma descida na taxa de prevalência do HIV-SIDA entre as camadas mais jovens nos 16 países mais afectados pelo vírus, em especial em África.
On números da ONU sugerem que os jovens estão a mudar os seus hábitos sexuais em resultado das campanhas de prevenção contra a SIDA.

A ONU refere contudo que as taxas do HIV continuam em ascendência no Uganda, devido ao que descreve como "crescente complacência".

É ainda lançado um alerta para a Europa de Leste, onde o núnmero de infecções continua a subir, situação que a ONU atribui em especial ao consumo de drogas intravenosas.

No domingo, peritos de todo o mundo reunem-se em Viena de Áustria numa conferência internacional sobre o HIV-SIDA.

Fonte:BBC

Gel vaginal reduz infecções do HIV em 50%


Um gel vaginal microbicida diminuiu de forma significativa o número de mulheres que contraem o HIV através de parceiros infectados, numa experiência efectuada na África do Sul.
O gel contém um anti-retroviral que reduz os índices de infecção em 50% depois de um ano de uso e em 39% depois de dois anos e meio, afirmam os investigadores.

A principal conselheira científica da ONUSIDA, a Doutora Catherine Hankins, disse à BBC que este é o primeiro gel especificamente concebido para combater o vírus HIV:

"Este gel é o primeiro que contém um anti-retroviral contra o HIV e portanto é específico para este vírus. É um avanço sem precedentes obter este tipo de resultados."

Se os resultados forem confirmados será a primeira vez que um gel microbicida é eficaz.

Este gel pode ser uma defesa para mulheres cujos parceiros se recusam a usar preservativo.

Resultados promissores

Novas formas de diminuir a propagação do HIV são desesperadamente necessárias, em particular na África sub-Sahariana, onde perto de 60% dos infectados com o vírus são mulheres.

Muitas vezes, as mulheres são forçadas a ter sexo de uma forma que não é segura e a nível biológico são mais vulneráveis à infecção do HIV do que os homens, o que torna o gel numa opção atractiva.

Agências da da ONU mostraram-se contentes com os resultados e vão realizar consultas de especialistas na África do Sul já no próximo mês de modo a discutir os próximos passos a serem dados no desenvolvimento deste produto.

Os resultados de um estudo de três anos foi completado pelo Centro para o Programa de Investigação sobre a Sida na África do Sul.


Estamos a dar esperança às mulheres.


Michel Sidibe, Director Executivo da ONUSIDA

E estão a ser apresentados na Conferência Internacional sobre a sida que está a ter lugar em Viena, na Áustria, depois de terem sido publicados esta segunda-feira na revista norte-americana Science.

Um grupo de manifestantes ocupou o palco da conferência apelando ao apoio do filantropo Bill Gates para o que designam como o "imposto Robin Hood".

Este seria um imposto aplicável em transacções financeiras globais de modo a financiar iniciativas de saúde. Mas Gates mostrou-se reticente:

"Sabemos que muitos especialistas consideram que este imposto não funciona na prática, pessoas que são peritas em sistemas financeiros não acharam que pudesse resultar."

Prevenção

De qualquer forma, o uso do preservativo é a melhor forma de minimizar o risco de infecção durante o sexo.

Mas esta não é uma opção para muitas mulheres em todo o mundo, que consideram difícil insistir que um homem tome as devidas precauções.

Um gel eficaz pode finalmente dar às mulheres a oportunidade de se protegerem a si próprias da infecção e assumirem o controlo da sua própria saúde sexual.


Na África sub-Sahariana, perto de 60% dos infectados com o vírus HIV são mulheres

No entanto, várias experiências anteriores produziram resultados desanimadores e até mesmo este último teste, apesar de ser o mais promissor, ainda está longe de ser uma forma de protecção devidamente segura.

Mas mesmo assim, um gel acessível às mulheres de alguns dos países mais pobres do mundo, onde é mais necessário, pode ajudar a transformar as suas vidas.

O gel foi considerado tanto seguro como aceitável quando usado uma vez nas 12 horas que antecederam o sexo e outra vez nas 12 horas que se seguiram, por mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos.

Salim Abdool Karim, um dos investigadores, disse aos jornalistas em Viena que 889 mulheres participaram na experiência conduzida na cidade costeira de Durban e numa aldeia remota.

Estudo

Elas também receberam preservativos e aconselhamento sobre as doenças sexualmente transmissíveis e fizeram o teste do HIV uma vez por mês.

As mulheres que usaram o gel de uma forma consistente foram as menos infectadas.

Os investigadores deram conta que o seu uso também demonstrou uma redução significativa do herpes genital, uma infecção sexualmente transmissível comum, que por si só aumenta o risco de infecção do HIV.

A ONU Sida salientou que perto de 20 anos de pesquisa foram dedicados aos microbicidas que podem ser controlados pela mulher, de uma forma independente do seu parceiro.

"Estamos a dar esperança às mulheres" disse Michel Sidibe, Director Executivo da ONUSIDA.

A directora da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, também elogiou os resultados ao afirmar que assim que forem provados eficazes, a OMS vai trabalhar com diferentes países para acelerar o acesso a estes produtos.

Ao falar também na conferência sobre a sida em Viena, o antigo Presidente norte-americano, Bill Clinton, chamou a atenção para a necessidade de mais trabalhadores do sector da saúde em África:

"Se quisermos desenvolver os sistemas de saúde e o acesso ao tratamento, precisamos de ter mais trabalhadores qualificados no sector da saúde."


Fonte BBC

MOZAL LICENCIADA PARA MATAR?

O governo moçambicano, através do Ministério para a Coordenação de Acção Ambiental (MICOA), acaba de autorizar a Mozal a emitir gases resultantes das suas actividades através de escape directo (Bypass) durante seis meses. Os ambientalistas alertam que tal medida é um atentado contra a saúde pública e ambiente devido ao tipo de substâncias a serem emitidas. Sintomas respiratórios, cancro pulmonar, irritação da visão e da pele são alguns problemas apontados. Porém, o MICOA garante que os gases não terão grande impacto na saúde humana e no ambiente.

A decisão do governo prende-se com a necessidade da Mozal reabilitar com “urgência” os Centros de Tratamento de Fumos e Gases daquela instituição que se encontram actualmente danificados. A reparação, que poderá custar dez milhões de USD e permitirá que as emissões de substâncias gasosas estejam enquadradas nos padrões exigidos por lei. Na visão dos ambientalistas, a emissão de gases directamente para o ambiente sem nenhum tratamento tem consequência directa na saúde pública. Para a Justiça Ambiental (JA) a proposta da resolução da emissão de gases, enquanto se reabilitam os centros, deveria ser apresentada e discutida publicamente e talvez encontrar-se outras soluções que não coloquem em causa a vida humana e o ambiente.

É que, segundo explica, no rol das substâncias a serem emitidas consta o Fluoreto de Hidrogénio (FH), Dióxido de Enxofre (SO2), Dióxido de Azoto (NO2) e Ozono (O3). Estas substâncias inaladas em concentrações altas são prejudiciais à saúde podendo mesmo levar a morte. A ideia de se discutir publicamente para se aprofundar mais o assunto foi levantada depois do encontro havido em Abril na cidade de Maputo, onde se apresentou a pretensão da Mozal. Desde essa altura a JA tem feito apelos ao governo para que seja cauteloso nas suas decisões, pois estará a colocar em risco a saúde pública.

Consulta popular
Custódio Francisco Custódio, chefe do Posto Administrativo da Matola-Rio, apontou, em entrevista ao SAVANA, que a MOZAL, nos encontros que manteve com os líderes comunitários, prometeu “irrigar as plantas caso fiquem empoeiradas”, para além de auxiliar na sinalização rodoviária “momentos em que a visibilidade esteja prejudicada”, observou Custódio. Custódio disse ainda que aquela empresa de produção de alumínio deixou no posto administrativo fichas de reclamação para as comunidades. Todavia, as mesmas estão inscritas na língua inglesa, para uma comunidade que deficientemente fala e escreve em português. “A população tem conhecimento do trabalho que será feito pela MOZAL durante os seis meses, mas quanto ao impacto disso na saúde humana não posso dizer muito porque foi um ponto que não chegamos a discutir”, referiu Custódio. Para Custódio, a sensibilização das comunidades deveria ser permanente, para se alertar e explicar este processo.

Não há motivos de alarme
Todavia, apesar do alerta e do raio que estas substâncias possam atingir, o MICOA autorizou a MOZAL alegando que estudos feitos por estudantes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), de Abril a Maio último, demonstram que os gases a serem emitidos não tem grande impacto na população, para além de que houve consulta às comunidades. No entanto, adverte que esta conclusão ainda é preliminar pois ainda falta se analisar o nível de concentração dos gases na atmosfera. “Parece-nos absurdo ouvir dizer que não existem perigos significativos em manter a Mozal a operar durante seis meses em sistema Bypass, considerando a justificação da urgência desta actividade e o valor envolvido”, entende a JA.

Em declarações ao SAVANA, Rosa Cesaltina Benedito, Directora Nacional da Direcção Nacional de Avaliação do Impacto Ambiental, referiu que a emissão directa dos gases foi a única solução que a MOZAL encontrou, das propostas apresentadas pelo governo, para além de que o assunto foi discutido por uma equipa multi-sectorial, desde representantes de diversos ministérios, académicos especialistas em ambiente. Para ser autorizada a emitir os gases através do processo Bypass, a MOZAL foi obrigada a elaborar e apresentar um plano de gestão ambiental para a mitigação dos possíveis impactos das actividades propostas. Porém, a JA é de opinião de que se deveria fazer valer a lei no que diz respeito aos padrões máximos aceitáveis de emissão de gases e que as empresas devem ser obrigadas a colocar filtros adequados para que não se comprometa a saúde pública e o meio ambiente.

Fonte: SAVANA - Tema da Semana - De 12 a 16 de Julho de 2010

segunda-feira, julho 19, 2010

Mentiras na infância, sucesso na idade adulta?


Aos dois anos de idade, 20 por cento das crianças mente. Por volta dos três anos, esta percentagem sobe para 50. Aos quatro, fica perto dos 90 por cento. E aos 12, quase todas mentem. Só aos 16 anos é que esta curva começa a descer: 70 por cento. O jornal britânico The Sunday Times revelou que os cientistas descobriram que, ao contrário do que a maioria dos pais pensa, não só isto é positivo como pode ser sinal de sucesso no futuro.
O facto de um bebé de dois anos já ter aprendido a dizer uma mentira revela que atingiu um patamar importante do seu desenvolvimento mental. E quanto melhor é a mentira, melhores são as capacidades cognitivas da criança. Ela desenvolveu o "executive functioning" e poderá transformar-se num(a) CEO de uma grande empresa... Contudo, os pais devem aproveitar as oportunidades para, até aos oito anos de idade da criança, lhe transmitir o lado negativo da mentira e a importância da honestidade.
Esta investigação foi realizada pelo Institute of Child Study, na Universidade de Toronto (Canadá), e envolveu 1200 crianças.

Fonte:www.maxima.pt
Um site agora renovado!

Areias de Chibuto de novo no mercado

O PROJECTO das Areias Pesadas de Chibuto, em Gaza, volta a ser “vendido” a investidores, um ano após a desistência da BHP Billiton. Com efeito, está previsto para os próximos dois meses o lançamento de um concurso público internacional, com vista a apurar novos concessionários para o empreendimento, tido como alavanca para o desenvolvimento daquele distrito e do país, tendo em conta o número de postos de emprego e a contribuição para os cofres do Estado.

Durante vários anos, o projecto de exploração das areias pesadas esteve sob concessão da australiana Corridor Sands, que mais tarde veio a ser adquirida pela BHP Billiton. Depois de vários ensaios, aquela empresa de mineração a maior do mundo, anunciou no ano passado a indisponibilidade tecnológica para a exploração das areias.

Para o efeito, solicitou ao Governo moçambicano um período de dois anos para procurar desenvolver uma tecnologia adequada para a exploração e processamento das areias que, segundo os ensaios, apresentavam um teor de crómio, exigindo, por isso, uma tecnologia diferente daquela que a empresa possuía.

Considerando o período solicitado pela multinacional excessivo, o Governo decidiu cancelar a concessão e procurar novos investidores para a viabilização, o mais rápido possível, do projecto das areias pesadas de Chibuto, tidas como a maior reserva conhecida no mundo.

Em declarações ao nosso jornal, Eduardo Alexandre, director nacional de Minas, não avançou detalhes sobre o novo concurso, mas confirmou que uma consultoria solicitada pelo Governo moçambicano confirmou a existência de um teor de crómio nas areias pesadas de Chibuto, o que exige uma tecnologia de processamento diferente daquela que é usada, por exemplo, num projecto similar em Moma.

Acrescentou que, neste momento, decorrem preparativos para o lançamento do concurso público, o que em princípio deve ocorrer dentro dos próximos 60 dias.

O novo concurso representa, quer para as autoridades de Gaza, quer para a população no geral, uma nova janela de esperança para a viabilização de um projecto que se acredita poder vir a impulsionar o desenvolvimento sócioeconómico daquela região do país e não só.

É que na anterior concepção, a implementação do projecto de exploração das areias pesadas de Chibuto requeria um investimento de mais de mil milhões de dólares norte-americanos. Esperava-se que na sua fase de construção pudesse empregar cerca de 1750 trabalhadores moçambicanos, na sua maioria recrutados localmente e, na fase de laboração, criaria 450 postos de trabalho para cidadãos nacionais.

Fonte: Maputo, Segunda-Feira, 19 de Julho de 2010:: Notícias

Família: O divórcio é contagioso - estudo

Lisboa, jul (Lusa) - O divórcio de amigos, familiares ou colegas de trabalho pode ser "contagioso", revela um estudo norte-americano. Em Portugal, um em cada três casamentos acaba em separação.

Assistir ao divórcio de amigos aumenta em 75 por cento a probabilidade de o casal se separar, de acordo com uma investigação realizada ao longo de 32 anos a 12 mil pessoas do estado de Machassussets (nordeste dos Estados Unidos da América). Se a separação for entre amigos de amigos, o efeito de "contágio" desce para 33 por cento.

Segundo três investigadores das universidades de Brown, California e Harvard, a vida amorosa de familiares e colegas de trabalho também influencia a longevidade do casamento: quanto mais divorciados uma pessoa conhece, mais hipóteses tem de seguir o mesmo caminho.

Em entrevista à agência Lusa, a investigadora Rose McDermott, da Universidade de Brown, acredita que "não há razões para que os resultados do estudo não possam ser aplicados à realidade e sociedade europeia".

Confrontada com as conclusões do estudo, a investigadora e socióloga portuguesa Karin Wall lembra que "se torna mais fácil aderir a qualquer comportamento quando este começa a ser difundido". No entanto, ressalva, "o divórcio já estabilizou nos países desenvolvidos".

"Notou-se um aumento durante uma ou duas décadas, mas depois estabilizou", sublinha a socióloga do Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa.

Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam o aumento: em 2008, a taxa de divórcio em Portugal passou os 60 por cento enquanto, há dez anos, a percentagem era de 30 por cento e, há 20, situava-se nos 12,9 por cento.

Se o divórcio de conhecidos aumenta os riscos de separação, a existência de crianças pequenas reduz as probabilidades de dissolução da união, revela ainda a investigação norte-americana.

Karin Wall corrobora esta ideia lembrando outros estudos que indicam que "há menos divórcios quando existem crianças pequenas": "Há uma tentativa para tentar manter o casal parental para poder dar uma vida familiar à criança". Mas, quando as crianças atingem os 13 anos, o fator "filhos" parece deixar de ter força.

Entre as já conhecidas dificuldades do divórcio, o estudo norte-americano acrescenta mais uma: "Os divorciados chegam a perder dez por cento dos amigos".

"Qualquer evento familiar - um divórcio ou mesmo um casamento - introduz mudanças sociais nos indivíduos. No caso do divórcio é normal assistir-se ao afastamento de sogros e cunhados. Os divorciados podem, durante uma fase de transição, ter redes sociais mais reduzidas, até porque os casais também dividem os amigos entre si: um fica com uns e o outro fica com outros", lembra Karin Wall.

Quer isso dizer que quem quer permanecer casado deve afastar-se de amigos divorciados? "Não, mas podemos dizer que se quer proteger o seu casamento tente apoiar o dos seus amigos", responde a investigadora americana Rose McDermott.

Até porque o "contágio social" pode acontecer à distância. Os investigadores seguiram pessoas que tinham abandonado Machassussets e perceberam que o divórcio de um amigo que vive longe tem mais impacto que a separação de um vizinho.

Perante as conclusões do estudo, Rose McDermott disse à Lusa que é preciso "encorajar as pessoas a apoiar as relações dos amigos, porque isso pode ajudá-los a salvar as suas próprias relações".

*** Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/FIM - 18-07-2010

sábado, julho 17, 2010

Clube humanitário promete apoio à população carente

Maputo (Canalmoz) – Uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, denominada «Lions Club», diz estar interessada em apoiar a população carenciada na província de Maputo.
O «Lions Club» apresentou-se recentemente à imprensa, tendo falado dos seus projectos. Hoje, em Maputo, formaliza a sua presença num jantar de gala com membros do Governo e empresários nacionais.
De acordo com a presidente e fundadora daquela agremiação de cariz humanitária, Graziela de Sousa, como primeira acção nos locais onde vai actuar, já existem medicamentos a serem distribuídos por alguns centros de saúde e hospitais da província de Maputo. Aguardam pela aprovação do Ministério da Saúde para efectuarem a distribuição.
Ainda na província de Maputo, para além de apoiar um orfanato em Marracuene, constam vários projectos: abertura de furos de água, assistência às maternidades, hospitais e escolas. A agremiação conta com 23 membros e aponta ter feito actividades contra a cegueira na província de Tete em grupos que padeciam de problemas de visão.
Questionada sobre a proveniência dos fundos para financiar os projectos que a sua agremiação irá levar avante, Graziela de Sousa disse que são provenientes das quotas dos membros que variam de 100 a 400 dólares por ano e jogos desportivos para angariação de fundos.
Refira-se que o «Lions Club» é uma organização internacional fundada por Melvin Jones em 1917 nos Estados Unidos da América, cujo objectivo é apoiar as populações carentes a nível mundial, principalmente das zonas rurais dos países em desenvolvimento.

Fonte: http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=8320(António Frades) 2010-07-16 08:00:00

Projecto de plantação de jatropha é imoral e perverso


Maputo (Canalmoz) – O grupo verde designado “A Friends of the Earth” (Amigos da Terra) de Bruxelas critica os planos de expansão de produção de biocombustíveis em Moçambique. Classifica os acordos para promover a produção de biocombustíveis em África, “para alimentar carros europeus, de imoral e perverso”.
As contestações surgem no âmbito de um acordo entre a União Europeia e o Brasil para expandir a produção de biocombustíveis em Moçambique.
O activista para alimentação e agricultura da “Friends of the Earth Europe”, Adrian Bebb, refere que “a crescente expansão de biocombustíveis em todo mundo não está apenas a prejudicar o ambiente, mas também, muitas vezes, prejudica a subsistência das pessoas e o acesso aos alimentos”.
Adrian Bebb considera que usar milhões de hectares de terras agrícolas para plantações de jatropha e cana-de-açúcar em Moçambique, um país que sofre de fome persistente, para cultivo de culturas para alimentar carros europeus, é imoral e perverso. Os biocombustíveis não são uma solução para os problemas da mudança climática global, nem da segurança energética ou da pobreza em Moçambique.
Anabela Lemos, da Justiça Ambiental, em representação da “Friends of the Earth” em Moçambique, diz que “a expansão de biocombustíveis no nosso país está a transformar florestas e vegetação naturais em culturas de combustíveis, está a retirar terras férteis das comunidades que estão a cultivar alimentos, e a criar más condições de trabalho e conflitos com a população local pela posse de terra. Nós queremos investimentos reais em agricultura que nos permitam produzir alimentos e não combustível para carros estrangeiros”.
Adrian Bebb diz que os objectivos dos biocombustíveis europeus é que estão a causar esta expansão global. Diz ainda que as políticas da União Europeia já estão a causar disputa de terras e desflorestamento em todo o Sul. Em vez de fazerem acordos para conseguir mais terras no Sul, a União Europeia deveria eliminar a sua política de biocombustíveis, investindo numa agricultura amiga do ambiente e diminuindo a energia que usamos para transporte, defende Bebb.

Fonte:http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=8322Redacção) 2010-07-16 08:04:00

Igualdade de género continua miragem em Moçambique

Maputo (Canalmoz) – A questão de igualdade de direitos entre mulheres e homens, ligada à exclusão de mulheres na tomada de decisão no seio familiar e nos destinos do país, tem levantado debates inacabáveis entre académicos e políticos, em Moçambique.
No entanto, preocupado com esta situação, o Parlamento Juvenil, em Moçambique, está reunido desde ontem até hoje, em Maputo, pela primeira vez na história do país, num seminário nacional da juventude feminina. O encontro visa identificar e analisar as causas que ditam a fraca participação deste grupo social na tomada de decisões em prol da nação.
Posteriormente, o Parlamento Juvenil moçambicano projecta desenhar uma estratégia para acabar com a exclusão das mulheres jovens na participação e tomada de decisões nos assuntos que ditam o destino do país.
Algumas parlamentares que tomaram parte do evento consideram que a igualdade de direitos de género em Moçambique está longe de ser alcançada, alegadamente porque o Governo não dá a devida atenção ao assunto.
Entretanto, as mesmas fontes alegam que em Moçambique a propalada promoção de igualdade de direitos não passa de um simples discurso ou acções feitas em determinadas circunstâncias para a população pensar que o Governo se preocupa com a sua posição de vida.
A deputada da Assembleia da Republica pela bancada da Renamo, Maria Angelina Enoque, que participou como convidada, disse que em Moçambique a exclusão dos jovens, em geral, é uma realidade, principalmente do género feminino, em várias actividades que possam desenvolver o país.
Segundo ela, é um imperativo nacional garantir a participação da mulher na tomada de decisões sobre a vida do país, de modo a evitar a discriminação e promover a igualdade de direitos. Actualmente, prosseguiu, a juventude feminina é apenas solicitada a participar em certas cerimónias para fazer um número maior que possa satisfazer ambições partidárias.
Maria Angelina Enoque alerta para a necessidade de os jovens deixarem de ser meros espectadores e passarem para as acções, levantando debates sérios para reverter o actual cenário. “Em Moçambique, as mulheres representam cerca de 60% da população e não faz sentido que o Governo continue a marginalizar a nossa juventude feminina”, disse.

Falta de interesse do Governo

Por seu turno, Alcinda da Conceição, deputada da Assembleia da Republica pela bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), disse que há falta de interesse do Governo no enquadramento da juventude na tomada de decisões sobre os destinos do país, facto este que, segundo a mesma, desagua na marginalização das mulheres, desde as jovens até às idosas.
“Se o Governo quisesse realmente enquadrar a juventude feminina da sua agenda, então começaria por impor duras medidas contra a violação dos direitos da mulher e acabar com a discriminação da mesma, principalmente nas zonas rurais”, disse Maria Enoque.

Zonas rurais, principais focos de discriminação

De acordo com a presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique (LDM), Alice Mabote, a falta de acção participativa do Governo na promoção dos direitos iguais nas zonas rurais tem sido um dos principais factores que torna aquelas mais vulneráveis à desigualdade de género e, consequentemente, à discriminação das mulheres, mormente ainda jovens.
Ela sugere que, mesmo sem ajuda do Governo, as Organizações Não Governamentais deviam desenvolver acções sobre a educação cívica e promoção de direitos de género, sobretudo nas zonas rurais.

Juventude feminina clama por oportunidades nas províncias

A juventude feminina, presente no evento, proveniente de várias províncias do território nacional, queixa-se de falta de espaço e oportunidades para desenvolver suas acções. As queixas incidem, sobretudo, em questões como acesso ao emprego e falta de atenção dos governantes.
Outros participantes se queixaram da inviabilização das suas actividades de sensibilizarão de jovens para o combate à exclusão na participação sócio-política, com vista a desenvolver as suas zonas. O acto, segundo acusam e condenam, é protagonizado por organizações filiadas ao partido Frelimo, nomeadamente a Organização da Juventude Moçambicana (OJM) e a Organização da Mulher Moçambicana (MMO).

Fonte:Canalmoz(António Frades)2010-07-16 08:10:00

Exclusão social aumenta pobreza em Moçambique


Maputo (Canalmoz) – A ministra da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura, considera que a exclusão social concorre para o aumento da pobreza absoluta no país. Por isso, insta os funcionários do seu sector e de outras instituições governamentais a intensificarem o combate ao mal.
A governante falava ontem, em Maputo, na abertura do VI Conselho Coordenador daquele ministério que termina amanhã. Ela diz que as dificuldades enfrentadas por parte significante de crianças moçambicanas, a viverem em situações difíceis, propiciam o crescimento da mendicidade nas cidades.
Iolanda Cintura estabeleceu como prioridade do encontro, a discussão de estratégias para desencorajar o hábito de mão estendida que, diariamente, se assiste em diferentes sítios do território moçambicano. Ela reconhece que tal prática, para além de incluir crianças e jovens, tem vindo a expor “pessoas idosas à mendicidade”.
Relativamente às pessoas portadoras de deficiência, um grupo social que também vem-se queixando da tal exclusão social, a ministra diz que, como forma de garantir uma acção social mais abrangente, será analisada a Estratégia da Pessoa Portadora de Deficiência na Função Pública para o período 2009-2013. Entre outras questões, serão examinados os chamados Centros de Trânsito, cujo objectivo é acolher as pessoas portadoras de deficiência em processo de reabilitação.
O VI Conselho Coordenador do Ministério da Mulher e Acção Social decorre sob o lema “mulher e acção social, por uma protecção social mais abrangente”. Nesse sentido, Cintura manifestou o desejo de querer ver o desequilíbrio de género mais combatido com acções que propiciem o empoderamento da mulher, em especial na área económica, como forma de contribuir para o desenvolvimento integral da mulher e do país.
No mesmo encontro, prevê-se também analisar a proposta do Plano Nacional para o Avanço da Mulher correspondente ao período 2010-2014. O grau do comprimento da Declaração da Primeira Conferência Nacional sobre a Mulher e o Género, realizado há dois anos, irá igualmente merecer atenção.
Cintura reconhece ter os desafios na sua governação, mas diz congratular-se com os feitos da direcção anterior. Ela não avança números, nem aponta os locais onde tais acções ocorreram para os cidadãos poderem conferir os resultados e poderem avaliar o desempenho do governo, mas afirma ter havido inserção de um maior número de mulheres com fraco poder económico em actividades de geração de rendimentos, auto-emprego, cursos profissionalizantes e de curta duração.

Fonte: Canalmoz (Inocêncio Albino)2010-07-15 07:26:00

Receando eclosão da violência: Moçambicanos abandonam em massa a África do Sul


UMA média de 50 compatriotas chega, por dia, ao posto administrativo de Muxúngue, distrito de Chibabava, em Sofala, receando uma possível eclosão da violência xenófoba na vizinha África do Sul. Cidadãos recém-chegados ouvidos ontem pelo nosso Jornal afirmaram ter tomado a iniciativa de deixar aquele país numa atitude preventiva para não serem mergulhados num “banho de sangue” à semelhança do que aconteceu nos princípios deste ano quando a caça aos estrangeiros degenerou numa chacina.

Informações daquele país indicam que alguns sul-africanos haviam alertado aos estrangeiros para que se retirassem depois do maior evento futebolístico do mundo, terminado domingo último naquele território.
Segundo afirmou Mateus Sithole, moçambicano acabado de chegar e que na RAS vivia na região de Western Cape, nunca se sabe ao certo o que efectivamente vai acontecer depois das anunciadas ameaças, “pois aqueles nossos vizinhos são imprevisíveis”.
Sithole, que é casado com uma sul-africana, acrescentou que de momento não há ainda registo de casos de violência, mas acredita que “a qualquer momento pode acontecer a desgraça”.
Uma outra cidadã nacional que se identificou apenas pelo único nome de Mary, natural de Goonda, no distrito de Chibabava, disse ter-se apressado a sair porque doutra vez escapou da violência, mas perdeu muitos bens.
“Estou aqui com os meus três filhos porque estou realmente a fugir do que se está a falar. Eles (sul-africanos) são capazes do que dizem”.
Ela residia naquele país há 17 anos, tendo nesse período se casado com um cidadão tanzaniano, relação da qual resultaram filhos ainda menores. “Por mim eu ficaria, porque me sinto em casa, mas os meus filhos ficaram traumatizados da última vez e estou a evitar que isso volte a acontecer”.
Entretanto, a chefe do posto administrativo de Muxúngue, Páscoa Mambara, afirma ter sido reforçada a segurança na região para evitar que os regressados sejam assaltados.
Se antes os moçambicanos regressavam duas vezes por semana, agora com esta situação estão a fazê-lo todos os dias. Os regressados por vezes chegam sem dinheiro e como recurso para se aguentarem vêem-se na contingência de vender os parcos bens que, regra geral, trazem na mão a preços muito baixos.
Fonte:Rodrigues Luís
Maputo, Quinta-Feira, 15 de Julho de 2010:: Notícias

Igualdade

Nós, “Seres Humanos” somos todos iguais em Direito e em Direitos. - Gito Amaral Mataba

quinta-feira, julho 15, 2010

Time is like a River

Time is like a River
You cannot touch the same water twice, because the flow that is passed will never pass again.
Enjoy every moment of life...
(Unknown)

For Friends!

Don't let someone become a priority in your life, when you are just an option in their life...
Relationship work best when they are ablanced.
(Unknown)

Terra reduz impacto ecológico do homem

A TERRA suporta cada vez menos o impacto ecológico das actividades humanas, já que são necessários 18 meses ao planeta para regenerar os recursos que a humanidade consome num ano, segundo um estudo de um grupo de investigação privado norte-americano publicado a 24 de Novembro de 2009.
Os dados recolhidos numa centena de países pelo Global Footprint Network, um grupo de defesa do ambiente, indicam que a humanidade consome recursos e produz dióxido de carbono (CO2), principal gás com efeito de estufa, a um ritmo 44 por cento mais elevado do que a Natureza pode produzir e absorver.
“As ameaças iminentes que enfrentamos hoje, nomeadamente as alterações climáticas mas também a desflorestação, a diminuição das pescas, a sobre-utilização da água doce, são sintomas de uma tendência alarmante”, escrevem os autores deste relatório.
O Global Footprint Network, com sede em Oakland, Califórnia, calcula todos os anos desde a sua criação, em 2003, aquilo que chama de “impressão digital ecológica” de mais de cem países e da humanidade como um todo.
Este indicador determina a superfície de terra e de água requerida para produzir recursos que uma dada população consome e para absorver os desperdícios daí resultantes.
Noutros termos, estes investigadores calculam o potencial de produção de recursos da Natureza, como são utilizados e quem os utiliza, explicou a organização.
Estes dados mostram que entre 2005 e 2006 o impacto ecológico da humanidade aumentou cerca de 2 por cento sobre o mesmo período precedente.
Este crescimento resultou de um aumento da população e do consumo de recursos “per capita”.
Nos últimos 10 anos, o impacto do homem na Natureza aumentou 22 por cento enquanto que a bio-capacidade, quantidade de recursos que a Natureza pode produzir, permaneceu constante e pode mesmo ter diminuído, segundo o “Global Footprint Network”.

Maputo, Quinta-Feira, 26 de Novembro de 2009:: Jornal Notícias

Oxigenoterapia no telemóvel


Uma parceria entre o Hospital Pulido Valente e a Fundação Vodafone Portugal.
O Serviço de Pneumologia do Hospital Pulido Valente e a Fundação Vodafone Portugal juntaram-se para criar um sistema inovador – o Sistema de TeleMonitorização da Actividade Física e Optimização da Oxigenoterapia de Longa Duração (Telemold).
Este sistema permitirá a doentes com insuficiência respiratória, medicados com oxigenoterapia de longa duração domiciliária, terem uma vida facilitada. O que o Telemold faz é monitorizar os níveis de oxigénio no sangue e a actividade física dos doentes, enquanto estes realizam as tarefas normais do dia-a-dia.
A partir de agora, o doente não tem necessariamente que receber visitas domiciliárias dos clínicos ou de ser internado para ser acompanhado, nem de realizar exames e testes de esforço. Com o Telemold, é possível uma monitorização contínua e fazer ajustes rigorosos na prescrição, a qualquer momento.
Para os médicos, acaba também por ser uma vantagem, já que lhes proporciona dados em maior quantidade e mais fiáveis, permitindo-lhes analisar com mais segurança o estado do doente e as necessidades de oxigénio deste. O sistema oferece, ainda, a opção de alerta, através da qual o médico é imediatamente informado de ocorrências anómalas.
www.maxima.pt
Um site agora renovado!
By redacção, Actualizar: sexta-feira, 9 de Julho de 2010

quarta-feira, julho 14, 2010

Moçambique e parceiros celebram acordo bio-energético

Moçambique e parceiros celebram acordo bio-energético

Moçambique, Brasil e a União Europeia deverão assinar amanhã, quarta-feira, em Brasília, um acordo no campo bio/energético.

O acto da assinatura do referido acordo deverá ocorrer no decurso da Quarta Cúpula Brasil-União Europeia, durante a qual também serão repassadas questões de interesse internacional e valorizada a retomada das negociações entre o Mercosul e o bloco europeu.

O encontro servirá ainda para abordar o controverso certificado ambiental que Bruxelas quer aplicar aos biocombustíveis comercializados na Europa, com a finalidade de descartar os que não contribuem minimamente para a luta contra as mudanças climáticas, acrescentaram.

Quinze países produtores de biocombustíveis, entre eles o Brasil, mantêm actualmente um diálogo informal com a Comissão para tentar dissuadi-la a aplicar esta iniciativa que consideram discriminatória visto que, sustentam, não há por enquanto dados científicos que determinem a qualidade ambiental dos produtos.

No mesmo campo, Brasil e UE encontraram um campo de entendimento com o Governo moçambicano para lançar um acordo trilateral sobre o desenvolvimento de bio-energia em Moçambique, que se prevê seja assinado na cúpula de Brasília.

Segundo fontes diplomáticas, a primeira etapa deste compromisso consistirá em explorar a viabilidade de levar adiante projectos de bio-energia em Moçambique, o país mais avançado do continente no sector.

O Brasil é o maior parceiro comercial latino-americano da UE, com uma balança comercial favorável ao país em 2009, segundo o escritório europeu Eurostat.

As exportações do bloco somaram 21.572 biliões de euros (33 porcento) no ano passado, enquanto as importações brasileiras na UE representaram 25.641 biliões de euros, ou seja, um superávit de 4,069 biliões de euros para o Brasil.

A cúpula de Brasília, que será assistida pelo presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, e pelo líder da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, será a última que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manterá com os europeus como chefe de Estado, antes das eleições de Outubro próximo.

RM apud Maputo, Quarta-Feira, 14 de Julho de 2010:: Notícias

terça-feira, julho 13, 2010

Menos animais de grande porte nos parques africanos

Menos animais de grande porte nos parques africanos
Um novo estudo indica que o número de mamíferos de grande porte nos parques nacionais de África caíu quase 60% nas últimas quatro décadas.

O estudo aponta como causas o negócio ilícito de carne animais selvagens, a perda de habitat e a falta de fundos.

A investigação, conduzida pela Sociedade Zoólogica de Londres e pela Universidade de Cambridge, aponta para quedas abruptas nos parques nacionais da África Ocidental e Oriental.

Nos parques da África Austral a situação é diferente. Beneficiando de mais financiamento, o número de animais de grande porte subiu em cerca de 25%.

O estudo abrangeu 69 espécies num total de 78 parques.
Fonte: BBC para Africa - 13 Julho, 2010 - Publicado às 11:14 GMT

Interpol ataca crime ambiental na Africa Austral

Interpol ataca crime ambiental na Africa Austral

A organização policial internacional, Interpol, diz ter realizado uma operação contra o crime de exploração ilegal de animais selvagens na Africa Austral.
A organização encerrou uma fábrica de marfim e confiscou cerca de um milhão em chifres de rinoceronte e marfim.

Mais de quarenta pessoas foram detidas durante a operação Mogatle, que envolveu seis nações africanas.

O Responsável pelo Programa da Interpol para Animais Selvagens em Africa, Peter Younger, disse que a informação recolhida durante a operação irá ajudar a rastrear criminosos em Africa e outros lugares do mundo.

Font: http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2010/05/100519_interpolafricazm.shtml

segunda-feira, julho 12, 2010

Algumas Palavras!

Amigos,
Depois do cansaço, nada melhor que o regresso a casa e um repouso merecido e sobretudo um bom sono para refrescar a memória!
Asta la vista!

Espanha encaixa 23 milhões, Portugal 7


Espanha encaixa 23 milhões, Portugal 7

O título mundial valeu à Real Federação Espanhola de Futebol 23,7 milhões de euros, enquanto a Federação Portuguesa de Futebol recebeu 7,1 milhões de euros. Portugal ficou incluído num grupo de equipas que inclui Chile, Coreia do Sul, Eslováquia, Estados Unidos, Inglaterra, Japão e México. Já a também finalista Holanda foi contemplada com 19 milhões de euros pela FIFA. Prémios: Vencedor (23,7 M€): Espanha Finalista (19 M€): Holanda Semi-finalistas (15,8M€ cada): Alemanha e Uruguai Eliminados nos quartos de final (14,2 M€ cada): Argentina, Brasil, Gana, Paraguai Eliminados nos oitavos de final (7,1 M€ cada): Chile, Inglaterra, Japão, México, Portugal, Eslováquia, Coreia do Sul, Estados Unidos. Eliminados na fase de grupos (6,3M€ cada): Argélia, Austrália, Camarões, Dinamarca, França, Grécia, Honduras, Itália, Costa do Marfim, Nova Zelândia, Nigéria, Coreia do Norte, Sérvia, Eslovénia, África du Sul e Suíça.

By (Fonte): Sportinveste Multimédia, sportmultimedia.pt, Actualizar: segunda-feira, 12 de Julho de 2010

Espanha sagra-se campeã do Mundo e faz "dobradinha"


Espanha sagra-se campeã do Mundo e faz "dobradinha"
A Espanha sagrou-se campeã do Mundo, este Domingo, 11 de Julho de 2010, vencendo a Holanda por 1-0, ...

Espanha sagra-se campeã do Mundo e faz "dobradinha"
A Espanha sagrou-se campeã do Mundo, este Domingo, 11 de Julho de 2010, vencendo a Holanda por 1-0, após prolongamento, depois de ter ganho o Euro há 2 anos. O Soccer City, em Joanesburgo, foi o palco desta final inédita, onde o Mundo conheceu um novo campeão: a Espanha, que nunca tinha marcado presença no último jogo de um campeonato mundial. A primeira metade da partida foi marcada por um estilo de jogo com muita disputa e menos futebol. Reflexos disso mesmo foram os cartões amarelos distribuídos pelo árbitro inglês Howard Webb. Logo nos minutos iniciais assistimos a um verdadeiro “pingue-pongue” de cartões, dados de forma intermitente aos jogadores de ambas as selecções: Robin Van Persie (14minutos) por entrada dura sobre Capdevila, o espanhol Puyol foi sancionado da mesma forma (16minutos), assim como Mark van Bommel (Holanda ), aos 22minutos, por uma falta sobre Iniesta e apenas um minuto depois Sergio Ramos (Espanha ), e ainda houve tempo para Nigel de Jong (Holanda ), receber um amarelo aos 27 minutos. Com a Holanda a pressionar e a jogar no meio-campo do adversário, o jogo mais importante deste Mundial da África do Sul foi para o intervalo com o marcador intacto. Na segunda parte do jogo, as selecções não trouxeram nada de novo para o campo do estádio Soccer City sendo que, apesar da Espanha continuar com mais remates, a “Laranja Mecânica” parecia cada vez mais próxima de tocar com a bola nas redes da baliza defendida por Iker Casillas. O árbitro continuou a brindar os jogadores com cartões amarelos. Desta feita foram os holandeses Giovanni van Bronckhorst (54’), Johnny Heitinga (57’), e Robben por protestos (83’) e, ainda o espanhol Joan Capdevilla (66’) ser sancionados pelo àrbitro inglês. Destaque para o contra-ataque de Robben, que escapa a Puyol, mas encontra pela frente Casillas que consegue defender a bola, depois de já aos 61 minutos ter evitado o golo do avançado do Bayern. Também Stekelenburg, guarda-redes da Holanda, segurou um poderoso remate de David Villa a sois metros da baliza. O 0-0 parecia persistir no período de desconto mas, a quatro minutos do fim chegou o “golo de ouro” dos espanhóis: Iniesta, isolado por Cesc Fabregas, que remata certeiro e garante a festa da “roja”. Ficha de Jogo: HOLANDA: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel e De Jong; Kuyt, Sneijder e Robben; Van Persie. ESPANHA: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets; Pedro, Xabi Alonso e Xavi e Iniesta; David Villa.

By (Fonte): Sportinveste Multimédia, sportmultimedia.pt, Actualizar: domingo, 11 de Julho de 2010

quinta-feira, julho 08, 2010

Introdução `a Economia

1.Introdução `a Economia
.........................................................................................................................................................................

Ao iniciar uma Ciencia é óbvio que se comece pelos conceitos básicos e, essencialmente definindo-a, ponto de partida para a contextualização e melhor compreensão da mesma.

Todos os dias tomamos decisões económicas; algumas menores, mas importantes para nós, outras maiores, que afectam a sociedade, o país e, ou até o Mundo.

É importante ter presente que a Economia está ligada ao essencial da vida de cada um. Cada pessoa depende dos outros, do funcionamento da Economia para a maior parte das coisas: Alimentação, vestuário, Informação, entre outros. Somos incapazes de produzir as coisas mais básicas: Um pão, um fósforo, uma lâmpada, um par de calças, um motor de automóvel. Foi a compreensão desta ideia que deu início à Teoria Económica; Descrição notável na obra do Pai da Economia, Adam Smith (1723-1790) - “A Riqueza das Nações”.

1.1.Noção de Economia
1.1.1.Nota Histórica

A Economia provem do Grego “Oikos” que significa casa e “nomos” que significa leis.

A Economia ou Ciência Económica, tem vindo a evoluir, verificando-se quatro (4) fases distintas a saber:
1ª . Dos primórdios ate 1750 (Pré-científica)
o Pensamento Medieval subordinava-se `a Filosofia, Política Oriental e pela Moral Crista. Nesta Época os assuntos económicos nao eram sintetizados.. Ex. William Pethy com sua obra política “Erithmetic” de 1682.

2ª . Criação Cientifica da Economia (1750/ 1850)
Nesta fase, os Homens baseavam-se em providências Divinas para a felicidade dos próprios Homens. Existiu nesta época (fase) Karl Marx, com a sua obra “ Capital” e Adam Smith, com a sua obra” A riqueza das Nações”.

3ª . Elaboração das Primeiras Teorias Fundamentais (1870/ 1929)
É a época do neoclassicismo, o homem entregou-se `a teoria da utilidade marginal, fundada por Karl Menger.

4ª . De 1929 até aos nossos dias
Após a 2ª guerra Mundial, os países industrializados sofreram elevados níveis de desemprego. Esta crise inicia na bolsa de valores de Nova Iorque em 1929. A revolução keynesiana contribuiu para a Economia: Programa de acção governamental para a produção do Pleno Emprego.

1.1.2.Objecto da Economia
 Produção;
 Distribuição;
 Troca;
 Consumo (Procura) – Satisfação das necessidades.

1.1.3.Métodos da Economia
 Indução;
 Dedução;
 Observação Sistemática: Realidade Social (Elementos, Pocessos, fenómenos) e Concretização progressiva;
 Análise Normativa (Economia Normativa);
 Análise Positiva (Economia Positiva).

Quando se raciocina sobre questões económicas, devemos distinguir as questões de facto (Economia Positiva) das questões de juízo de valor (Economia Normativa).

Economia Positiva (Economia Política) – descreve os factos de uma Economia. Trata de questões do seguinte tipo, que podem ser resolvidas com recurso `a analise e aos dados empíricos:
 Porque razão os médicos ganham mais do que os porteiros?
 O comércio livre faz aumentar ou diminuir os salários da maior parte dos moçambicanos?
 Qual é o impacto Económico do aumento dos impostos?

Economia Normativa (Doutrina Económica) – envolve juízos de valor. Envolve preceitos éticos e juízos de valor; cujas questões podem ser resolvidas, nao apenas pela analise Económica, mas também, através do debate e decisões políticas:
 Deve ser exigido aos pobres que trabalhem para que possam receber ajuda do Governo?
 Deve o desemprego aumentar para assegurar que a inflação (subida do nível geral dos preços), não acelere?
 Deve a África do Sul penalizar Moçambique devido a pirataria de livros e CDs sul-africanos?

1.1.4.Interdisciplinaridade
Relação da Economia com as outras Ciências
Existe uma Interdisciplinaridade, entre a Ciência Económica e outras ciências no seguinte:
 Com Métodos Quantitativos (Matemática e Estatística) – pela sua dimensão especial, que permite abordaa a Ciência Económica;
 Com a Econometria – Ramo da Ciência Económica que utiliza os métodos estatisticos para calcular e estimar relacoes economicas quantitativas;
 Com a História – no que diz respeito a evolução da própria Economia. Os dados históricos permitem fazer uma avaliação sobre a evolução da Ciência Económica;
 Com a Geografia – no que diz respeito a localização dos pólos de desenvolvimento económico;
 Com o Direito – no que diz respeito a regulamentação do desempenho da actividade económica;
 Com a Política – no que diz respeito a estabilidade e segurança;
 Com o Meio-Ambiente – no que diz respeito `a contingência económica. Relação com a envolvente ambiental (input e output). O Meio-Ambiente cria facilidades para o conhecimento das condições ecológicas para o melhor desenvolvimento das actividades económicas;
 Com a Estatística – no levantamento e analise de dados;
 Com a Sociologia e Antropologia – no que diz respeito `a Viabilidade na distribuição dos bens, segundo a cultura de cada região.

1.1.5.Conceito de Economia
Economia – significa produção, troca, circulação e consumo de bens. E a Ciência do desenvolvimento e da distribuição da riqueza.

 Economia – é produção de bens, circulação e redistribuição da riqueza.

 Economia – é uma ciência e uma arte, simultaneamente.

 Economia – é uma ciência Social, porque está ao serviço do Homem, estudando o seu comportamento.

 Rossetti – Economia é um ramo do conhecimento essencialmente voltado para melhorar a administração do Estado, sob o objectivo principal promover o seu fortalecimento.

 John Maynard keynes (1883-1946) – Economia é uma ciência Social, que estuda a sociedade como aloca recursos escassos e alternativas para as suas necessidades ilimitadas ao longo do tempo.

Segundo Samuelson (1999), Economia “é a Ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor, e de como os distribuem entre os vários indivíduos” .

1.1.6.Corrolário:
Do conceito de Samuelson, em epígrafe, aparecem e se destacam três (3) conceitos essenciais em Economia: Os Bens, os recursos e as necessidades.
Bem – é algo que satisfaz uma necessidade humana. Ex. Pão, roupa, Chapa de zinco, uma aula de Economia, um concerto, o ar, uma conversa com um amigo, entre outros.
Recursos – são meios pecuniários de vida, os quais se lança a mão para alcançar um fim. Estes podem ser materiais ou físicos, financeiros, humanos, mercadológicos e administrativos.
Necessidade (Conceito) – segundo o Dicionário de Marketing, é algo não criado pelo Homem; é o desejo de dispor de um meio (bem ou serviço) de acabar ou diminuir uma sensação desagradável ou aumentar uma sensação agradável.

1.1.7.Ramos ou Tipos de Economia
A Economia divide-se em dois grandes ramos a saber:
A Microeconomia – Fundada por Adam Smith (1723-1790) , é o ramo da Economia que actualmente se dedica ao estudo do comportamento de entidades individuais, como mercados, empresas e as famílias; ou seja, trata das questões económicas de forma particularizada. Ex.: o comportamento dos mercados, do consumidor, do pequeno produtor, pequeno empresário, evolução dos preços na Padaria Minhota, entre outros.

A Macroeconomia – Fundada por John Maynard Keynes , tem a ver com o desempenho global da Economia; Estuda a economia como um todo. Ex. Economia de um Estado, País, Continente; ou seja, trata a Economia de maneira generalizada. Ex.: O desemprego em Moçambique.

Estas duas economias convergem para formar a Ciência Económica Moderna.


1.1.8.A Satisfação das Necessidades como fim da Economia
A finalidade da Economia é o estudo da satisfação das necessidades humanas através dos bens.

Entre as relações primárias dos homens com as coisas, tem a necessidade em primeiro lugar, visto ser nela que todas outras radicam. É a necessidade que leva o Homem a voltar-se para as coisas. E, se as coisas se referem ao Homem, é ainda em ordem `a satisfação das suas necessidades. Tal é o ponto de partida da Vida Económica.

Embora, de per si, não seja uma realidade económica, a necessidade é o motor não só de toda a actividade económica do Homem, mas também das diversas relações sociais que nela engarfam.
Em virtude da sua posição privilegiada, a necessidade é, em certo sentido, a medida de toda a Vida Económica.

“ A satisfação das necessidades é a verdadeira medida da Vida Económica e um bom critério para julgar as instituições económicas e as diversas relações sociais integradas na Economia”.

Necessidades Humanas – são estados de carência percebida, que causam algum desconforto ou sensação de falta .


Classificação das Necessidades
Necessidade
Primárias
(Fisiológicas)  Ar, Agua, Alimentar, Sexo, defecar, lactação, entre outras
Necessidades
Secundárias

(Psicológicas)  Adquirir, conservar, ordenar e reter objectos
 Superioridade, sucesso, reconhecimento, hesitação
 Aversão ao falhanço e humilhação, imunidade `a critica, resistência `a culpa, retaliação
 Domínio dos outros, deferência para com os outros, autonomia, originalidade
 Sadismo, masoquismo
 Filiação, rejeição, paternalismo, proteccionismo, divertimento

Pirâmide de Necessidades de Maslow
De acordo com a Teoria de Maslow , existe uma hierarquia entre estas necessidades. As necessidades que estão situadas a um nível mais baixo na hierarquia (fisiológicas ou primarias) devem ser satisfeitas antes do indivíduo voltar a sua atenção para as necessidades colocadas a um nível superior.
Fonte - Kotler, Philip(2000)// Princípios de Marketing


Características das Necessidades:
Independentemente dos tempos e lugares, o Homem debate-se com uma realidade comum: as necessidades são multiplas, gerais e ilimitadas e os recursos naturais disponíveis, pelo contrário, mostram-se insuficientes.


1.1.9.Tipos de Bens e sua Classificação
Os bens classificam-se em:
 Directos – satisfazem directamente as necessidades. Ex. Sapatos;
 Indirectos – se empregam na produção (matérias-primas, matérias Subsidiarias);
 Duradoiros e;
 Consumíveis (não duradoiros).


Os seus diferentes tipos sao:
1. Bem Económico – Bem que é escasso relativamente à quantidade total da respectiva procura; deve portanto, ser racionado, habitualmente através da fixação de um preço positivo. São bens escassos, em pequenas quantidades ou raros;
2. Bem Final – Bem que é produzido para uso final e não para revenda ou transformação posterior (Diferente de Bens Intermédios);
3. Bem Inferior – Bem Cujo consumo diminui quando o rendimento aumenta;
4. Bem Privado – Ex. O pão que quando é consumido por uma pessoa não pode ser consumido por outra;
5. Bem Público – Bem cujos benefícios são usufruídos por toda a comunidade de modo indivisível, independentemente da vontade de um qualquer indivíduo quer queira ou não, consumir o bem público. Ex. Uma medida de Saúde pública que erradicasse a varíola protegeria à todos, e não apenas aqueles que pagassem as vacinas; A pulverização, uma ponte, entre outros;
6. Bens Complementares (Concorrentes) – Dois bens que se apresentam indissociáveis aos olhos dos consumidores. Ex. O automóvel e os pneus;
7. Bens Substitutos (Sucedâneos) – Bens que concorrem entre si. Ex. As luvas normais e as sem dedos; A margarina e a manteiga, o açúcar branco e o açúcar castanho;
8. Bens independentes – Bens cujas procuras são relativamente autónomas. Mais precisamente, os bens A e B são independentes quando uma variação no preço do bem A não tem qualquer efeito na quantidade procurada do bem B, mantendo o resto constante;
9. Bens Intermédios – bens que já sofreram alguma transformação ou algum processo, mas que ainda não atingiram o nível de produtos finais. Ex. O aço, O fio de algodão, A farinha de trigo, entre outros;
10. Bens Livres – Bens que não são económicos. Ex. O ar, A água do mar, que existem em tão grandes quantidades que não necessitam de ser racionados entre os que deles desejam usufruir. Portanto, o respectivo preço é nulo;
11. Bem normal – bem cujo consumo aumenta quando o rendimento aumenta;
12. Bem superior – Bem que aumenta sua importância nas despesas do consumidor, quando o rendimento sobe;
13. Bens de Serviços – São prestações dos homens que se destinam a satisfação das nossas necessidades com o auxilio ou não do bem material.


1.1.10.Principais Falácias (Sofismas) ou Fontes de erro no Raciocínio Económico

Observacoes Metodologicas:
Falácia de Post hoc – tem a ver com a dedução da causalidade, ocorre quando, pelo facto de um acontecimento ocorrer antes de um outro, se admite que o primeiro acontecimento é a causa do segundo; ou seja, relação causa-efeito e não o contrário.

Cetteris paribus (Falha em Manter o resto Constante) – é uma condição económica. Quando estiver a analisar o impacto de uma variável sobre o sistema económico, lembre-se sempre de manter o resto constante.

Falácia de Composição – sao generalizacoes, tem a ver com o todo e as partes. Quando se admite que é verdadeiro para a parte, é também verdadeiro para o todo, está-se a cair na falácia de composição. Ex: Se um único indivíduo receber uma grande quantidade de dinheiro, ficará mais rico. Se todos receberem uma grande quantidade de dinheiro, a sociedade provavelmente empobrecerá.

Objectividade e Subjectividade – sendo a Economia uma Ciência que não pode ser testada em laboratório, suas soluções são gerais e não específicas.
1.1.11.Os Agentes Económicos
Os principais agentes económicos são os que se apresentam no esquema abaixo; O Circuito Económico, que mostra a relação entre os agentes económicos.

1.1.12.Os Três (3) Problemas Económicos
Qualquer Sociedade humana, tem de se confrontar com e resolver três problemas Económicos fundamentais. Qualquer Sociedade tem de ter um modo para determinar que bens são produzidos, como são produzidos esses bens e para quem são produzidos.

Os três problemas da organização económica são:
 O quê produzir?
 Como produzir? e;
 Para quem produzir?

1o O quê produzir? – Que bens devem ser produzidos e, em que quantidades e qualidade?
A Sociedade tem de decidir quanto deve produzir de cada um dos inúmeros bens e serviços possíveis e quando é que eles deverão ser produzidos. Ex. Produzimos armas ou arroz? Mais milho ou mais feijão?

2o Como produzir? – Como devem os bens ser produzidos?
A Sociedade tem de determinar quem fará a produção, com que recursos e de que forma tecnológica? Quem cultiva a terra e quem ensina? Deverá a electricidade ser obtida a partir do petróleo, do carvão ou da energia solar?

3o Para quem produzir? – Para quem são os bens produzidos?
Quem usufruirá dos frutos do esforço económico? Como é repartido o produto nacional entre as diferentes famílias? Existem muitos pobres e poucos ricos? Devem os maiores rendimentos pertencer aos gestores, aos atletas, aos trabalhadores ou aos proprietários da terra? Deve a sociedade proporcionar aos pobres um mínimo de consumo ou devem eles trabalhar se quiserem sobreviver ? .


1.13.Formas de Organização Económica ou Sistemas Económicos
A forma como as economias dão resposta a estas questões, que se prende em primeira análise, com o Papel do Estado no funcionamento da Economia, permite distinguir os diferentes tipos teóricos de organização e funcionamento da economia da Sociedade.
Na tentativa de responder às três (3) questões económicas, ao longo do tempo, foi possível identificar, as seguintes formas de organização Económica:

Antigamente:
 Sistema Comunitário Primitivo – colectivismo da comunidade primitiva oriental: surgimento das comunidades de caçadores e recolectores;
 Sistema Esclavagista – Esclavagismo Romano;
 Sistema Feudal – Feudalismo da Idade Média: surgimento da Agricultura e Pastorícia.

Actualmente :
1. Sistema Capitalista - Economias de Mercado (Modelo Puro)

Uma Economia de Mercado é aquela em que os indivíduos e as empresas privadas tomam as decisões mais importantes acercada produção e do consumo. Um sistema de preços, de mercado, de lucros e prejuízos, de incentivos e recompensas determina o quê, como e para quem. As empresas produzem as mercadorias que geram os maiores lucros (O quê), com técnicas de produção que são as menos dispendiosas (Como). O consumo é determinado pelas decisões individuais sobre como despender os salários e os rendimentos do património gerados pelo trabalho e pela propriedade esse património (Para quem). O caso extremo de uma Economia de Mercado em que o governo se exime de tomar decisões económicas é designado por “Economia de Laissez – faire “.

2. Sistema Socialista - Economias de direcção Central (Modelo Puro)

Uma Economia de Direcção Central, é aquela em que o governo toma todas as decisões importantes acerca da produção e da repartição. Numa Economia de Direcção Central, o governo possui a maior parte dos meios de produção (Terra e capital); também possui e dirige a actividade das empresas na maior parte dos ramos de actividade, decidindo também, como a produção da sociedade deve ser dividida pelos diversos bens e serviços. Portanto, o governo dá resposta à maior parte das questões económicas através da posse de recursos e do seu poder de impor as decisões. Ex. Cuba; Moçambique até 1990.
3. Economias Mistas
Todas as sociedades são Economias Mistas. Nenhuma Sociedade contemporânea se encaixa completamente numa destas categorias extremas. As Economias Mistas são o resultado de insuficiências dos modelos puros. Os condicionalismos económicos e sociais, e as circunstâncias históricas de cada país, vão determinar uma organização da actividade económica, que não se integrando em nenhuma das formas “puras” de Economia, assume uma posição ecléctica, constituindo uma adaptação de uma e de outra. Sendo assim, nessas economias, verificas por um lado, a intervenção progressiva do Estado (Estado intervencionista ou Providência) na Economia de Mercado e, por outro lado, um esforço de descentralização na Economia de Direcção Central. Ex. A China e Economias do leste da Europa.

O que distingue o funcionamento das economias são:
 A finalidade da actividade económica;
 As formas de propriedade privada dos meios de produção e de repartição do rendimento; e
 O mecanismo regulador da actividade económica.

Resumo:
A Determinação dos Preços
Economias de Mercado Economias de Direcção Central
Mecanismo de Mercado Objectivos definidos pelo organismo central de planeamento
 Preços definidos depois da produção;
 Reflectem mais fielmente as intenções de produtores e consumidores;
 Preços económicos.  Preços definidos antes da produção;
 Reflectem o carácter social destes;
 Preços políticos.
Características das Economias
Economias de Mercado Economias de Direcção Central
 Propriedade privada dos meios de produção;
 Existência da livre iniciativa na actividade económica;
 O poder público não intervém directamente na Economia;
 A organização da actividade económica depende do mercado e da iniciativa privada, sendo os empresários que procedem à combinação dos factores produtivos.  Propriedade colectiva dos meios de produção;
 Subordinação da actividade económica a um plano global;
 O poder público desempenha um papel determinante na organização e funcionamento da Economia;
 A organização da actividade económica depende de um plano conjunto, onde se programa a combinação dos factores de produção.
Quadro 1-Fonte: Introdução à Economia ,11o Ano, Manuela Góis.

Vantagens e Desvantagens das
Economias de Mercado (Capitalismo) e de Direcção Central (Socialismo)
Vantagens/Desvantagens Capitalismo Socialismo
Vantagens  Livre iniciativa.
 Incentivos para o progresso.
 Autoregulação.
 Concorrência(oferta e procura).  Emprego.
 Consideração humana.
 Remuneração justa.
 Educação, saúde, gratuitas.
Desvantagens  Distribuição não equitativa.
 Desemprego
 Propriedade privada dos meios de produção.  Plena intervenção do Estado.
 Bloqueio da iniciativa.
 Limitação da produção
 Desperdício de recursos escassos.
Quadro 2-Fonte: Introdução à Economia ,11o Ano, Manuela Góis.
1.2.A Produção de Bens e Serviços

A produção de bens e serviços é a base da Vida da Sociedade (Cf.Infra) e esta depende essencialmente, da existência (abundância) ou “inexistência” (escassez) dos factores produtivos.

1.2.1.Factores Produtivos
Para responder as três (3) questões económicas, qualquer sociedade tem de escolher os factores de produção (Inputs) e as produções (Output).

Factores Produtivos - São bens ou serviços utilizados para produzir outros bens e serviços. Uma Economia usa a tecnologia existente para conjugar os factores de produção, a fim de gerar as produções.

Factores Produtivos - São elementos produtivos como o trabalho, a terra e o capital e os recursos necessários à produção de bens e serviços; também designados por “inputs”.

As Produções são vários bens ou serviços úteis que resultam do processo de produção e que tanto podem ser consumidos como utilizados numa produção posterior. Por exemplo, na produção de uma Piza, dizemos que a farinha, o sal, o calor, o forno e o trabalho qualificado do cozinheiro são factores produtivos. A piza apetitosa é a produção. Na Educação, os factores produtivos são o tempo de leccionação, os laboratórios e as salas de aulas, os livros, entre outros; enquanto que as produções são cidadãos educados e informados.

Os Factores Produtivos, também designados por inputs, podem ser classificados em três grandes categorias mais uma: Terra, Trabalho e Capital.

A TERRA
A terra ou mais genericamente, os recursos naturais, representa o que os nossos processos produtivos recebem da Natureza. Este factor produtivo, é constituído pela terra utilizada na Agricultura ou na implantação de habitação, fábricas e estradas, pelos energéticos para os nossos automóveis e para aquecer as nossas habitações, e pelos recursos não energéticos, tais como minérios de Cobre, de Ferro ou areia. No congestionado Mundo actual, devemos alargar o âmbito dos recursos naturais para incluir os nossos recursos ambientais, tais como o ar puro e a água potável;

O TRABALHO (Físico ou Manual, Intelectual ou Mental)
O Trabalho consiste no tempo de trabalho humano despendido na produção: a trabalhar nas fábricas de automóveis; a lavrar a terra; a cozinhar. Milhares de ocupações e tarefas, a todos os níveis de competência, são desempenhadas pelo trabalho. É ao mesmo tempo, o factor de produção mais comum e o mais crucial para uma Economia Industrial avançada;

O CAPITAL
O capital é formado pelos bens duráveis de uma Economia, produzidos com vista a produzirem outros bens. Os bens de capital incluem máquinas, estradas, computadores, martelos, camiões, altos-fornos, automóveis, máquinas de lavar e edifícios .


Exemplos:
 Capital Financeiro – Dinheiro, acções, entre outros;
 Capital Humano – o acervo de conhecimento e perícia, técnicos incorporados na força de trabalho de um país, em resultado de investimentos na Educação Formal e na formação Profissional;

NB: No actual mundo em elevado crescimento científico e tecnológico, o Tempo e o Poder da Informação, entram na ordem dos factores produtivos:

O TEMPO
A produção exige não só trabalho, terra e capital, mas também o tempo; isso porque, os oleodutos não podem ser construídos numa madrugada e uma vez construídos funcionam durante décadas. As propinas não são aumentadas de qualquer maneira, entre outros.
Para ter em conta o papel do tempo na produção, distinguimos três(3) principais períodos de tempo:

O curto prazo – período no qual, as empresas podem ajustar a produção à alteração dos factores variáveis, tais como matérias-primas e trabalho, mas em que não podem alterar os factores fixos, como o capital;
O Médio prazo – periodo intermedio;
O longo prazo – como um período suficientemente longo, para que todos os factores, incluindo o capital, possam ser ajustados.

Destes resulta a seguinte escala de tempo:
 O Muito Curto Prazo – Menos de um (1) ano;
 O Curto prazo – um (1) ano;
 O Médio prazo – Entre um (1) a cinco (5) anos;
 O longo prazo – Mais de cinco (5) anos;
 O Muito Longo prazo – Sem tempo determinado (Gerações, ...)

O PODER DE INFORMAÇÃO
Informação – é um bem diferente dos outros. Sua prudução requer custos elevadíssimos (Explícitos e implícitos), o que é mais barato reproduzí-la, pois o mercado da informação está sujeito `a falhas determinantes.
 “ Se me der uma ratoeira, possuirei o mundo”
 “Cidadão informado vale por dois”


1.2.2.Rendimentos (Remuneração) dos Factores Produtivos
 A aplicação de um factor de produção tem uma remuneração específica, dependendo do tipo de factor;

Factor Produtivo Rendimento ou Remuneração
Terra Renda
Trabalho Salário
Capital Juro ou Lucro
Nota: Aluguer( Penhora) para bens móveis, é diferente de Renda (Hipoteca) para bens imóveis.

 A aplicação de um factor de produção determina o tipo de Técnica que está sendo aplicada numa determinada empresa ou em um processo produtivo ;

Aplicar Mais Trabalho Técnica de Trabalho Intensivo
Capital Técnica de Capital Intensivo



1.2.3.A FPP
A Fronteira das Possibilidades de Produção (FPP) - Representa as quantidades máximas de produção que podem ser obtidas em uma Economia, dados ao seu conhecimento tecnológico e a quantidade de factores de produção disponíveis. A FPP representa a lista de escolhas de bens e serviços disponíveis para a sociedade.

A FPP é o lugar geométrico que mostra ou faz comparações de produções, uso Eficiente dos recursos e do tempo.

As sociedades não podem ter tudo o que desejam. Estão limitadas pelos recursos e a tecnologia disponíveis. Normalmente, a escolha é reduzida a dois bens. Os pontos fora da FPP não podem ser alcançados ( São impraticáveis ou inatingíveis). Os pontos no interior são ineficientes, porque os recursos não estão sendo usados adequadamente ou porque estão sendo utilizadas técnicas de produção obsoletas .

Ex.: As possibilidades de produção alternativas
Possibilidades Manteiga (caixas) Automóveis (Milhões)
A 0 15
B 1 14
C 2 12
D 3 9
E 4 5
F 6 0

Nota: O crescimento Económico, faz deslocar a FPP para fora e vive-versa.




Características da FPP
Dependendo do caso em análise, a FPP pode ser: Concava, Convexa ou linear.

1.2.4.Custo de Oportunidade (C.O.)
A vida está repleta de escolhas, dados que os recursos são escassos, temos de pensar constantemente o que fazer, com o tempo e o rendimento limitados que possuímos. Quando se decide se vai estudar Economia, comprar um automóvel ou ir para a Universidade, em qualquer dos casos uma pessoa deve ponderar qual o custo da decisão em termos de oportunidades perdidas.

O custo da alternativa perdida é o Custo de oportunidade da decisão, é a perda pelo ganho. É o valor do bem ou serviço, de que se prescinde.
C.O. = Perda/ganho.

Alternativas de decisão:
Se C.O.>1: Melhor é desistir na escolha;
Se C.O.=1: É Indiferente;
Se C.O.<1:>
1.3.O Mercado
A Economia baseia-se na troca. Na verdade, se cada um de nós tivesse de produzir tudo o que precisa e consome, da comida aos talheres, dos transportes ao mobiliário, não lhe seria possível possuir um décimo do que consome. Portanto, o mercado aparece neste mesmo circuito.
1.3.1.O que é o Mercado?
(Conceito) Mercado, Segundo Neves, “é o arranjo (praça, telefone, leilão, bolsa, entre outros), pelo qual, compradores e vendedores de um bem interagem para determinar o preço e a quantidade transaccionada”.
Segundo Samuelson, “um mercado é um mecanismo pelo qual, compradores e vendedores se confrontam para determinar o preço e a quantidade de um bem ou de um serviço”.
O centro do mercado é o preço. Os preços coordenam as decisões dos produtores e dos consumidores em um mercado. Mexer nos preços é perturbar o essencial do mercado; preços mais elevados tendem a reduzir as compras dos consumidores e a estimular a produção. Preços mais baixos estimulam o consumo e retraem a produção; portanto, os preços são o pêndulo do mecanismo de mercado.
O truque centrado nos preços reside nos incentivos. Se os consumidores querem mais de um bem, lutam por ele, oferecendo mais dinheiro pelo mesmo bem, subindo o preço. Os vendedores, perante a subida do benefício retirado da venda do produto, são incentivados a aumentar a produção e, a preço mais alto, menos consumidores o querem, Obrigando a baixar o preço. Não há necessidade de um mandão que dê ordens aos produtores ou compradores.
O mecanismo automático, a “mão-invisível”, fá-lo. Mas, o mercado pode perpetrar situações de pobreza e opulência, se estas já se verificaram devido a dados políticos, cultural, sociais, entre outros. Portanto, o segredo do mercado é a concorrência, entre os vários agentes do mercado, consumidores, produtores, trabalhadores e capitalistas, na busca de imporem os seus desejos, produtos, serviços em diante.
1.3.2.Tipos de Mercado
1. Mercado Cambial – mercado em que se negociam divisas de diferentes países; E, em que as taxas de câmbio são determinadas. Ex. Casa de Câmbios.
2. Mercado Eficiente - Mercado em que toda a informação nova, é rapidamente a percebida pelos participantes no mercado e imediatamente incorporada nos preços de mercado;
3. Mercado em Equilíbrio – Mercado no qual, os preços são suficientemente flexíveis para equilibrar, muito rapidamente a oferta e procura;
4. Mercado Monetário – Conjunto de instituições que operam na compra e na venda de instrumentos de crédito de curto prazo, tais como, os títulos de tesouro e o papel comercial; ou mercado da oferta e procura de moeda;
5. Mercado de Capitais – Mercados em que são negociados os recursos financeiros (dinheiro, obrigações, acções); juntamente com intermediários financeiros, são instituições através das quais a poupança na Economia é transferida para os investidores;
6. Mercado de Factores – é o mercado da procura e oferta da terra, do trabalho e do capital;
7. Mercado de Acções – é um lugar onde as acções das sociedades detidas pelo público, os títulos das empresas, são comprados e vendidos. Ex. Bolsa de Valores.
8. Mercado de produtos – mercado de todos os bens e serviços que são produzidos;
9. Mercado Formal – Aquele que tem o controlo do governo;
10. Mercado informal – Onde não se verifica a acção governamental e inclui outras formas como é o caso do mercado negro (sujo).
1.3.3.Elementos da Oferta e Procura
Depois de toda análise preliminar, vamos dedicar o nosso estudo, ao instrumento mais utilizado pela Economia, para estudar o seu funcionamento. Trata-se de um gráfico que Alfred Marshal vulgarizou- é a cruz marshalliana , onde se cruzam duas curvas: A curva da procura e a curva da oferta. A ferramenta essencial para compreender os movimentos dos preços e das quantidades nos mercados específicos é chamada “Análise da oferta e da procura “.
A Procura
A curva de procura ou função procura, é a representação dos compradores; é a relação entre o preço e a quantidade comprada, mantendo-se o resto constante.
Ex. Função Procura de milho Preço por caixa Quantidade procurada (em milhões de caixas por ano) A 5 9 B 4 10 C 3 12 D 2 15 E 1 20
Lei da procura com inclinação negativa: Quando o preço de uma mercadoria aumenta ( mantendo-se o resto constante), os compradores tendem a consumir uma menor quantidade dessa mercadoria. De forma similar, quando o preço baixa (mantendo-se o resto constante), aumenta a quantidade procurada; isto devido aos Efeitos Substituição e Rendimento. Essa procura é individual, quer dizer, minha , tua, dele(a).
A procura de mercado, representa a soma de todas as procuras individuais. a curva de procura de mercado é calculada, para cada preço, pela soma das quantidades procuradas por todos os indivíduos; é o observável na realidade e, esta obedecerá à lei da procura com inclinação negativa.
Determinantes da curva da procura :
1. Rendimento Médio: Com o aumento do rendimento, as pessoas compram mais automóveis;
2. População: o crescimento da população gera o aumento das compras de automóveis;
3. Preços de bens relacionados: preços mais baixos de gasolina aumentam a procura de automóveis;
4. Gostos: Ter um carro novo tornou-se símbolo de posição social;
5. Influências Específicas: nas influências especificas incluem-se, a disponibilidade de formas alternativas de transporte, a segurança dos automóveis, a expectativa em relação a aumentos futuros de preços, entre outros.
Nota: As determinantes da curva da procura provocam um deslocamento da mesma, o preço é o único elemento que provoca o movimento ao longo da curva da procura;(Lembrar Elasticidade).
A Oferta
A curva da oferta ou função oferta é a representação dos vendedores; mostra a relação entre o preço de mercado de um bem e a quantidade dessa mercadoria que os produtores estão dispostos a produzir e a vender, mantendo o resto constante.
Ex. Função oferta de milho, Preço por caixa Quantidade oferecida (em milhões de caixas por ano) A 5 18 B 4 16 C 3 12 D 2 7 E 1 0
A curva da oferta apresenta inclinação ascendente - positiva, devido a Lei dos rendimentos Decrescentes. Do mesmo modo, a oferta de mercado é o somatório das ofertas individuais.
Determinantes da oferta :
1. Tecnologia: A produção computadorizada baixa os custos de produção e aumenta a oferta;
2. Preços dos factores de produção: Cortes nos salários dos trabalhadores da indústria automóvel baixam os custos de produção e aumentam a oferta;
3. Preços de bens relacionados; Se os preços dos camiões baixam, aumentará a oferta de automóveis;
4. Política do Governo: A eliminação de quotas e impostos sobre a importação de automóveis aumentará a oferta de automóveis;
5. Influências Especificas: Se o Governo diminuir as normas relativas ao equipamento de controlo de poluição; a oferta de automóveis aumentará.
Nota: As determinantes da curva da oferta provocam um deslocamento da mesma, o preço é o único elemento que provoca o movimento ao longo da curva da oferta.
1.3.4.Equilíbrio de Mercado
Um equilíbrio de mercado representa, um equilíbrio entre os diferentes compradores e vendedores. Tal equilíbrio, se estabelece ao compensar todas as forças que operam na Economia. Contudo, no meio de toda esta confusão, os mercados estão constantemente a resolver O quê, Como e Para quem? O sistema de mercado baseia-se na oferta e na procura para resolver o trio dos problemas económicos: O quê?Como?Para quem?
Equilíbrio entre a Oferta e Procura
Nunca nos devemos esquecer de que, em Economia, as coisas são sempre duplas, tal como as moedas, têm sempre duas faces. Assim devemos juntar a curva da procura e da oferta, o beneficio e o custo, para obter um quadro global: A Cruz Marshalliana. O Equilíbrio de mercado verifica-se com o preço e a quantidade a que as forças da oferta e procura se igualam. Melhor, o preço de equilíbrio ocorre quando a quantidade procurada é igual à quantidade oferecida.
Exemplo: A oferta e procura de Milho Preço Quantidade procurada Quantidade oferecida Situação do mercado Pressão sobre o preço A 5 9 18 Excedente Descida B 4 10 16 Excedente Descida C 3 12 12 Equilíbrio Neutral D 2 15 7 Escassez Subida E 1 20 0 Escassez Subida Efeito Sobre o preço e sobre a quantidade de diferentes deslocações da oferta e da procura Deslocações da oferta e da procura Efeito Sobre o preço e sobre a quantidade Se a procura aumenta A procura desloca-se para a direita Preço aumenta Quantidade aumenta Se a procura diminui A procura desloca-se para a esquerda Preço diminui Quantidade diminui Se a oferta aumenta A oferta desloca-se para a direita Preço diminui Quantidade aumenta Se a oferta diminui A oferta desloca-se para a esquerda Preço aumenta Quantidade diminui
1.3.5.Estruturas de Mercado
As principais estruturas de mercado são as que se apresentam no quadro abaixo: Estrutura No de produtores e grau de diferenciação do produto Sector de Economia onde prevalece Grau de controlo da empresa sobre o preço Métodos de Marketing Concorrência Perfeita Muitos produtores; produtos idênticos Mercados financeiros e produtos agrícolas Nenhum Bolsa de produtos ou mercados tipo leilão Concorrência Imperfeita - Concorrência Monopolística (Muitos vendedores diferenciados) Muitos produtores; muitas diferenças reais ou identificadas no produto Comercio a retalho (piza, cerveja, ...) Algum Publicidade e rivalidade pela qualidade; preços administrativos Oligopólio (Ver Oligopsónio) Poucos produtores, pouca ou nenhuma diferença no produto; poucos produtores; alguma diferenciação dos produtos Siderurgia, química Automóveis, cereais Algum Publicidade e rivalidade pela qualidade; preços administrativos Monopólio (Ver Monopsónio) Um único produtor; produto sem substitutos próximos Serviços locais de telefone, electricidade e gás (Monopólios Naturais) Considerável mas normalmente regulamentado Publicidade e promoção de serviços
Fonte: VALLAUD, Pierre (1989) // Iniciação à Economia, Volume II, Apontamentos Europa América, Apartado8, Portugal.
 Duopólio – Estrutura de Mercado em que existem somente dois vendedores;
 Duopsónio – Estrutura de Mercado em que existem somente dois compradores.
1.4. Visão Global da Macroeconomia
1.4.1.Nota Histórica
Os anos 30, marcaram o despertar da ciência Macroeconómica, fundada por John Maynard Keynes (1883-1946), ao tentar compreender o mecanismo económico que originou a Grande Depressão . Após a 2ª Guerra Mundial, reflectindo tanto o aumento da influ6encia das ideias keynesianas como o medo de uma depressão, o congresso dos EUA, proclamou formalmente a responsabilidade federal pelo desempenho macroeconómico. A provou a Lei de Emprego de 1946, um marco na legislação, que estipulava: “Assim, o Congresso declara que é da responsabilidade política puramente do governo federal, o uso de todos os meios admissíveis e compatíveis com as necessidades e obrigação(...) de promover o emprego, a produção e o poder de compra máximos”. Foi assim, que pela primeira vez, se proclamava o papel do governo na promoção do crescimento do produto e do emprego e na manutenção da estabilidade dos preços.
Objectivos e Instrumentos da Política Macroeconómica
Os instrumentos macroeconómicos são as formas pelas quais, as decisões políticas podem influenciar o ritmo e a direcção da actividade económica.
Objectivos
1. Produto: Nível elevado e crescimento rápido;
2. Emprego: Nível elevado de emprego e desemprego involuntário reduzido;
3. Estabilidade do nível geral de preços ou com aumento suave;
Instrumentos
1. Política Monetária: Controlo da oferta da moeda que afecta as taxas de juro;
2. Política orçamental ou Fiscal: Despesas públicas e impostos;
3. Controlo das Políticas Comerciais (relacoes externas);
4. Politica de rendimentos.
O Produto – refere-se essencialmente do PIB ( Produto Interno Bruto) real; PIB ( Produto Interno Bruto)
O PIB é a medida mais abrangente do Produto Total de uma Economia, é quantificação do valor de mercado de todos os bens e serviços finais – Farinha de milho, cerveja, automóveis, concertos, viagens de avião, cuidados de saúde, entre outros – produzidos em um país durante um ano. Existem duas formas de determinar o PIB:
1.O PIB nominal – é medido a preços correntes no mercado;
2. O PIR real – é calculado a preços constantes ou invariáveis.
 O PIB Potencial, representa a quantidade máxima que a Economia pode produzir, mantendo simultaneamente, uma razoável estabilidade de preços. É também designado por Nível de produto de emprego. Quando a economia está a produzir ou operar no seu potencial, o desemprego é reduzido e a produção elevada.
 O PIB Efectivo – é o próprio PIB.
 Deflactor do PIB (DP) = ( a preço do ano base);
Medição do PIB O PIB pode ser medido em três (3) ópticas :
1. Na óptica do rendimento: PIB = S+J+L+R+A
2. Na óptica do Valor Acrescentado Bruto: PIB = VAB = VAB1+VAB2+...+VABn
3. Na óptica do produto: PIB = C+I+G+X
 C - Consumo privado, das famílias,
 I - Investimento; Acréscimo ao stock de capital, de edifícios, equipamento e existências, que pode ser público ou privado,
 G - Gastos o governo, despesas públicas em pontes, estradas, escolas, hospitais, entre outros,
 X - Exportações Líquidas, é a diferença entre as exportações e importações.
O Emprego – é medido pela Taxa de desemprego = desempregados/Populacao activa;
Nível de Preços – que é medido pelo IPC ( Índice de Preços do consumidor), que por sua vez determina a inflação ( subida do Nível geral de preços): Inflação = *100%
Ciclos Económicos
A Actividade económica nunca é linear, vezes há em que esta se encontra em alta e vezes há em que a economia se encontra em dificuldades, devido a várias razões. Tais oscilações designam-se ciclos económicos. Determinam se houve aumento ou não, do produto, do rendimento ou do emprego, durante um periíodo de tempo.
Os ciclos conhecidos, cujos nomes provém de seus inventores, que determinaram e isolaram a sua regularidade, são:
 Juglar(1862) – Associado `a Indústria;
 Kitchen(1923) – Associado aos negócios ou comércio;
 Kondratiev(1926) – cinquentenário, é enigmático e mais contestado por causa do tempo, e dos vários factos `a ele associado(Guerras, ouro, ...);
 Kuznets(1930) – Associado `a construcao (civil ou pública).
Exemplo:
No interior da Macroeconomia
Procura e Oferta Agregadas
Usando o mesmo raciocínio das curva micro de procura e oferta, vamos agora, analisar essas curvas mas, no aspecto macro (agregado), para ver como interagem as diferentes forças para determinar a actividade económica global.
A Oferta Agregada (AS), do inglês, Aggregate Supply – refere-se à quantidade total de bens e serviços que as empresas de um país estão dispostas a produzir e a vender num dado período.
A Procura Agregada (AD), do inglês, Aggregate Demand – refere-se à quantidade total que os deferentes sectores da economia estão dispostos a gastar num dado período. É a soma da despesa pelos consumidores, empresas e administração pública .
O Papel do Estado na Economia:
1. Melhorar a eficiência económica;
2. Melhorar a repartição do rendimento;
3. Estabilizar a economia através de políticas macroeconómicas ( Monetária, orçamental ou fiscal);
4. Conduzir a política económica internacional.