quinta-feira, agosto 26, 2010

Cédulas para sessenta mil crianças na zona norte

Decorre desde ontem, no distrito de Muecate, em Nampula, o processo de registo de nascimento de 30 mil crianças desprovidas de condições financeiras para custear as despesas referentes à aquisição de documentos de identificação, como o caso de cédulas.

O programa, que tem o apoio financeiro da “Visão Mundial”, irá igualmente abranger outras 30 mil crianças, desta feita no distrito de Murrupula, zonas onde opera aquela organização não-governamental. Segundo Gerson Nhancale, oficial para advocacia, “pretendemos com a iniciativa fazer com que as crianças não sejam privadas dos seus direitos de cidadania só porque não têm documento de identificação”-referiu. Para viabilizar o processo, foram formados 60 brigadistas.

Maputo, Quinta-Feira, 26 de Agosto de 2010:: Notícias

Medidas específicas para operações petrolíferas

A AVALIAÇÃO do impacto ambiental resultante das operações petrolíferas no país passa a estar sujeita a um regulamento próprio, depois da aprovação, ontem, em Maputo, pelo Conselho de Ministros do respectivo instrumento. O dispositivo prevê, entre outros aspectos, que os danos ambientais derivados das operações petrolíferas ficam a uma multa diária de dois milhões de meticais.

O instrumento, aprovado pelo Conselho de Ministros, na sua trigésima sessão ordinária, prevê medidas de prevenção, controlo, mitigação e reabilitação do ambiente, em casos de derrame de hidrocarbonetos.

De acordo com o Vice-Ministro da Justiça e porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, existe a constatação de que as operações petrolíferas têm conhecido um incremento no nosso país com a vinda de investidores interessados na pesquisa e produção de hidrocarbonetos.

Nesse sentido, segundo Nkutumula, porque estas operações têm certas implicações ambientais, o Conselho de Ministros aprovou um dispositivo legal que permite salvaguardar o meio ambiente, determinando um “modus operandi”.

Dentre as várias acções, segundo a fonte, o regulamento prevê multas pesadas em caso de violação das suas normas que podem ascender a dois milhões de meticais por dia.

“Olhando para o decreto que aprova a obrigatoriedade de realização de estudos de impacto ambiental para os mega-projectos, em particular, existe uma norma que indica que para as operações petrolíferas terá que ser aprovado um regulamento específico e é isto que o Conselho de Ministros fez hoje”, disse Nkutumula.

Ainda ontem o governo aprovou os termos do contrato de concessão de pesquisa e produção do petróleo para a área A, na bacia de Moçambique, à Sasol Petroleum International (PTY) Limited e à Empresa de Hidrocarbonetos (ENH, EP).

A concessão é, desta forma, atribuída à empresa que ganhou o concurso para o efeito lançado pelo Governo em Dezembro de 2007.

A empresa petroquímica Sasol foi vencedora da área localizada na parte do continente (on shore) em que o Estado moçambicano estará representado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), com dez porcento. A pesquisa será realizada em oito anos, dividida em três fases.

Maputo, Quarta-Feira, 25 de Agosto de 2010:: Notícias

Desordenamento urbano


Bairro clandestino surge no meio da água na Matola A

Há um bairro a nascer num local inóspito da cidade da Matola. Os seus moradores dizem que estão no local há muito tempo e que a edilidade lhes prometeu dar novos terrenos mas porque isso não acontece agora estão a erguer suas casas em alvenaria.

Este é um assentamento informal que dia após dia vai crescendo na cidade da Matola A. Encontra-se onde devia estar a rua batalha de coolela e constitui o foco de problemas para os próprios residentes e para os que vivem na parte urbanizada da cidade da Matola. Ao invés de muros ou outra espécie de vedação a delimitação dos terrenos é feita por valas de água que servem de foco de reprodução de mosquitos que estão na origem de várias doenças. Os moradores dizem que vão vivendo mesmo assim.

Estes dizem que de clandestino eles não tem nada até porque compraram estes terrenos dos naturais daqui e que agora para saírem tem algumas exigências.
Há mesmo quem entre eles considera que o melhor é continuar aqui, apesar de todos problemas que enfrentam.

Esta ideia não agrada no entanto aos que vivem na parte já urbanizada da cidade de Matola pois, estas residências não permitem a passagem rápida das águas da chuvas o que provoca inundações. Pelo que o melhor, dizem, seria que a edilidade procurasse uma solução para o problema.

Apesar da inospitalidade do local, algumas pessoas já construíram casas em alvenaria o que poderá complicar mais as contas da sua retirada caso se materializa a decisão do conselho Municipal de encaminha-los para um outro local.

Fonte: TIM
Data: 25/08/2010

Madeireiros falam sobre o futuro

Empresas florestais que operam no país estão interessadas em promover o desenvolvimento económico, ambiental e socialmente sustentável no sector, segundo indicações dadas ontem na abertura dum diálogo sobre a actividade.

Com efeito, as empresas do ramo estão a preparar-se para a formação do Grupo de Desenvolvimento das Plantações Florestais. A constituição do grupo surge no contexto do aumento do número de empresas comerciais interessadas em investir em plantações florestais no país. A formação da associação visa, fundamentalmente, unir esforços e atingir objectivos comuns além de abrir um espaço de diálogo entre as empresas, o governo e as comunidades. O grupo pretende, igualmente, constituir-se em centro de melhores práticas e um canal para construir um ambiente favorável ao desenvolvimento.

Maputo, Quinta-Feira, 26 de Agosto de 2010:: Notícias

Jornalistas debatem prevenção da violência

O papel da Imprensa na prevenção da violência e do abuso sexual contra a criança é o tema dum seminário de formação de jornalistas a ter lugar amanhã, em Maputo.

O evento, organizado pela rede de comunicadores amigos da criança, surge na esteira dos encontros regionais realizados em Maputo, Beira e Nampula sobre a intensificação de programas e debates radiofónicos nas comunidades, através das rádios comunitárias espalhadas em mais de 75 distritos do país, sob a coordenação do Fórum Nacional das Rádios Comunitárias (FORCOM), e nas 11 emissoras da Rádio Mocambique. O encontro consistirá numa mesa redonda entre o Departamento da Mulher e Criança no Comando-Geral da Polícia, do Ministério do Interior e profissionais da comunicação social. O encontro pretende proporcionar uma oportunidade de abordagem do papel da Imprensa na prevenção da violência e do abuso sexual contra a criança”, assim como das questões éticas na cobertura jornalística da situação da criança.
Maputo, Quinta-Feira, 26 de Agosto de 2010:: Notícias

Licenciadas 184 empresas mineiras na Zambézia

Um total de 184 empresas estão licenciadas para a realização de trabalhos de prospecção e 27 têm concessões mineiras na província da Zambézia, segundo dados tornados públicos pelo Ministério dos Recursos Minerais.

O Vice-Ministro dos Recursos Mineiras, Abdul Razac, que se encontra de visita à província da Zambézia, deverá escalar a área de trabalho de algumas empresas que estão a explorar tantalite, em Muiane, para além de monitorar as actividades de exploração de minerais na mina de Marropino. Zambézia, onde aquele dirigente se encontra desde ontem, registou uma produção de minerais industriais na ordem de 422.400 quilogramas e as perspectivas para este ano são ainda animadoras.

Maputo, Quinta-Feira, 26 de Agosto de 2010:: Notícias

NAEM lança feira juvenil

O Núcleo Académico Empreendedor de Moçambique (NAEM) vai lançar amanhã, em Maputo, a feira juvenil empreendedora, um evento de natureza académica, de carácter público e sócio-cultural que consistirá na apresentação de 33 projectos de auto-emprego.

Para além destes projectos elaborados por 38 jovens de vários níveis académicos que irão concorrer a prémios, a feira será preenchida também por palestras a serem ministradas por algumas personalidades ligadas à área da Educação e empreendedorismo. Os prémios, segundo uma nota da NAEM, serão constituídos, fundamentalmente, por bolsas de estudo para cursos de formação técnica e licenciatura, estágios pré-profissionais, entre outros.

Maputo, Quinta-Feira, 26 de Agosto de 2010:: Notícias

terça-feira, agosto 24, 2010

Redução da pobreza urbana: Sucesso depende da boa liderança - PR aos dirigentes municipais reunidos em Nampula


A POBREZA urbana voltou a estar no centro das preocupações do Presidente da República Armando Guebuza. Falando ontem, em Nampula, na abertura da VII Reunião Nacional dos Municípios. Armando Guebuza considerou, no entanto, que na capacidade de liderança e criatividade para a busca de soluções inovativas que criem novas oportunidades e transformem situações desfavoráveis em vantagens, pode estar o segredo para contrariar os problemas que afligem os munícipes.

Na ocasião, o Presidente disse igualmente que os 43 municípios têm condições para não dependerem de terceiros em muitos produtos de primeira necessidade para alimentarem milhares de concidadãos.

“No entanto, a realidade actual mostra que nenhum deles se libertou dessa dependência, facto que está por detrás dos altos preços dos produtos básicos, o que reduz o acesso aos mesmos por parte daqueles que têm poucas posses”, disse o Chefe do Estado, acrescentando que a inversão deste quadro exige criatividade dos autarcas para estimular os munícipes a fazerem melhor aproveitamento das zonas verdes que tendem a desaparecer paulatinamente nalguns municípios, para darem lugar a construções injustificadas de imóveis numa zona com potencial para alimentar milhares de concidadãos.

Guebuza defendeu que, em parte, a pobreza urbana está igualmente associada ao fraco aproveitamento das zonas verdes para a indução de maior produtividade agrária, da exploração das capacidades industriais de que as vilas e cidades dispõem para a conservação e embalagem dos produtos como forma de acrescentar valor no processo de comercialização.

O Presidente encorajou os órgãos autárquicos a criarem modelos de organização e deu exemplos de associações e cooperativas que podem ser plataformas que permitam a conjugação de sinergias e o fortalecimento da consciência de pertença por parte do munícipe.

Por outro lado, referiu que a descentralização que está em curso pressupõe a transferência gradual de funções e competências dos órgãos do Estado para os municípios, o que demonstra a necessidade destes em se abrirem à participação dos munícipes na governação, privilegiando o diálogo e o envolvimento amplo dos cidadãos no exercício do poder.

Armando Guebuza referiu-se também à preocupação que tem, relativamente à ocupação do solo urbano. Manifestou, a este propósito, aos dirigentes municipais no encontro de Nampula, preocupação face à morosidade que ainda se verifica na concessão de talhões ao cidadão. Disse que os Conselhos Municipais devem aperfeiçoar os mecanismos de concessão de talhões para a construção de infra-estruturas habitacionais, pois os actuais, caracterizados por muita morosidade propiciam a ocupação desordenada, fenómeno que afecta as autarquias e dificulta o fornecimento dos serviços urbanos básicos, como o saneamento do meio, água e luz e a circulação dos bombeiros e ambulâncias, um reflexo da pobreza urbana.

Por sua vez, a Ministra da Administra Estatal, Carmelita Namashulua, que promove este encontro nacional, considerou que apesar de limitações financeiras com que as autarquias se debatem, há bons exemplos de governação municipal conquistados nos 12 anos de autarcização, nomeadamente a gestão de resíduos sólidos, sistemas de saneamento e finanças municipais.

Maputo, Terça-Feira, 24 de Agosto de 2010:: Notícias

Ensino Superior: Novas regras a caminho do Conselho de Ministros


UM novo regulamento que estabelece princípios, normas e procedimentos para a criação e funcionamento de instituições do Ensino Superior no país será aprovado dentro em breve pelo Conselho de Ministros, como forma de dar resposta a anomalias que vinham se registando no processo. Suspenso desde o início do ano por se ter constatado irregularidades com relação ao licenciamento, sobretudo pela ausência de um regulamento que pudesse definir e estabelecer balizas (obrigações) a seguir por todos que manifestem interesse em criar uma instituição de nível superior, o novo regulamento encontra-se em fase de finalização pelo Ministério da Educação e deverá ser submetido ao Conselho de Ministros para a sua aprovação. Até aqui apenas existia uma lei.

Assim, segundo dados a que tivemos acesso, a proposta do MINED indica que, para que uma entidade seja autorizada a criar uma instituição de Ensino Superior, deverá, no mínimo, garantir recursos humanos qualificados, contando-se o corpo docente e técnicos, apresentação de um currículo viável e sustentável, ter instalações próprias ou condignas, materiais de ensino e apoio. Do corpo docente, pelo menos um terço deve ser constituído de professores efectivos e nunca todos na condição de contratados.

O MINED acredita que, com o novo regulamento, estarão criadas as condições para o melhoramento da qualidade de ensino. Nos últimos tempos vozes há que contestam o nível de formação proporcionado pelas instituições de nível superior, devido à proliferação de muitas delas e sem as mínimas condições de trabalho.

O que se verificava, e devido à falta de um regulamento sobre a matéria, é que o licenciamento de instituições superiores acontecia sem o mínimo de qualidade exigida para o efeito. Não raras vezes, o que se assistia é que grupos de pessoas, ao conseguir um determinado financiamento, criavam uma instituição sem primeiro observar as condições adequadas, sobretudo de infra-estruturas. Esta situação obrigava-os depois a funcionar em péssimas condições, comparativamente a outros níveis de ensino.

Assim, como forma de aperfeiçoamento e complemento aos procedimentos de criação e funcionamento de instituições de Ensino Superior constantes da Lei do Ensino Superior e que se mostram desajustadas e insuficientes para gerir a grande demanda de pedidos de várias entidades para criar instituições de Ensino Superior, o Governo pretende que o novo regulamento venha a suprir essas lacunas.

O país conta neste momento com 38 instituições de Ensino Superior, sendo 17 públicas e 21 privadas. Entre os estabelecimentos figuram Universidades, Institutos Superiores, Institutos Superiores Politécnicos, Escolas Superiores e Academias. Grande parte delas não tem condições mínimas de funcionamento, acabando por se confundir com instituições primárias.
Maputo, Terça-Feira, 24 de Agosto de 2010:: Notícias

Mercado da castanha não satisfaz africanos

AS tendências actuais do mercado internacional da castanha de caju, a identificação de janelas de financiamento, bem como a necessidade de adicionar valor à amêndoa, através do processamento acabado, são algumas das actuais preocupações do sector a nível de África. Como resultado de um processo de reposição, nomeadamente através do cultivo de variedades melhoradas e combate a pragas e doenças, Moçambique exporta actualmente mais de 35 milhões de dólares norte-americanos.

Moçambique chegou a ocupar a posição de maior produtor da castanha, ao atingir na década 70 mais de 250 mil toneladas, mas o desempenho do sector foi caindo, por um lado como consequência do agravamento da instabilidade provocada pela guerra e, por outro, pela implementação da política de liberalização da exportação do produto em bruto, fazendo com que as poucas fábricas que continuavam a operar fechassem por falta de matéria-prima.

Para já, estes e outros problemas vão atrair as atenções da 5ª Conferência Anual da Aliança Africana do Caju, evento a decorrer entre 14 e 16 de Setembro, em Maputo, juntando mais de 250 delegados oriundos de várias partes, incluindo os 13 países produtores da castanha em África.

O director nacional-adjunto do Instituto de Fomento do Caju, Raimundo Matule, disse que uma das preocupações do momento é encontrar alternativas para assegurar o crescimento do mercado internacional.

“Uma questão particularmente importante para Moçambique é como nós podemos reduzir o tempo do início da produção dos cajueiros”, referiu Raimundo Matule, em conferência de Imprensa em Maputo.

Reconheceu ser verdade que o Continente Africano continua a exportar muita castanha em bruto, mas adiantou que o objectivo final é que o produto seja processado internamente, adicionando valor, criando empregos e gerando receitas para o Tesouro.

“É daí que para nós é muito importante discutir com os nossos parceiros sobre como é que o Continente Africano pode incrementar a indústria de processamento”, disse Raimundo Matule, para quem África tem que passar para uma fase de processamento final da castanha, ao contrário do que acontece actualmente, em que o produto é submetido a novas adições de valor no mercado destinatário.

Outro aspecto a ser discutido tem a ver com a estratégia de melhoramento da qualidade da amêndoa exportada, sobretudo numa altura em que o mercado tende a ser mais exigente. Este aspecto está também ligado a discussões sobre a certificação.

A conferência, que conta com o apoio da USAID, vai igualmente debater janelas de financiamento direccionadas para agro-negócios, para além da procura de caminhos de coordenação para evitar a duplicação de esforços entre os países africanos produtores da castanha.

Neste momento, Moçambique produz cerca de 90 mil toneladas de castanha, mas a capacidade interna de processamento é estimada em 40 mil, o que significa que pelo menos 50 mil são exportadas em bruto.


Maputo, Terça-Feira, 24 de Agosto de 2010:: Notícias

Qualidade de ensino avaliada no ISCTEM

REPRESENTANTES da Fundação Kellogg, uma instituição baseada no Botsuwana, encontram-se em Maputo no âmbito do acompanhamento da qualidade de ensino no Instituo Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM).

O objectivo da visita tem em vista acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, sobretudo aqueles que beneficiam de bolsas de estudo daquela instituição.

Segundo fonte do ISCTEM, a Kellogg é uma instituição comprometida com a qualidade do ensino, o espírito de comunidade e o ambiente intelectual e estudantil. É nesta base em que escolhe os seus parceiros de cooperação, tendo acontecido o mesmo com a sua actuação em Moçambique.

Durante a visita àquela instituição do Ensino Superior os visitantes mostraram-se satisfeitos pelo processo de ensino e aprendizagem, tendo assegurado mais apoio em bolsas de estudo para outros estudantes. Neste momento quatro estudantes beneficiam do apoio financeiro da Fundação Kellogg.


Maputo, Terça-Feira, 24 de Agosto de 2010:: Notícias

segunda-feira, agosto 23, 2010

O futuro de Rosita: As ambições de Rosita nascida numa árvore durante as cheias em Moçambique.




Salva da pobreza em Moçambique

Rosita Chibure descalça os sapatos e trepa, com cuidado, até ao ramo da árvore onde nasceu há 10 anos. A sua mãe, Carolina, olha para ela cá de baixo, do chão.
“Tudo é possível”, diz Carolina ao relembrar o dia em que ela e a sua filha foram salvas, enquanto olha à volta para as palhotas da aldeia empobrecida que já não chama de casa.

As circunstâncias do nascimento pouco habitual de Rosita foram capturadas por uma câmara de televisão, que se encontrava a bordo de um helicóptero de resgate que sobrevoava as fortes cheias que afectaram Moçambique.

Enquanto o helicóptero mantinha o equilíbrio, mãe e filha foram puxadas dos ramos, depois o cortão umbilical foi cortado e, de repente, as suas vidas foram transformadas em celebridades.

Hoje, com o Paquistão às voltas com umas cheias ainda mais devastadoras, vim a Moçambique ver que lições este enorme país poderá oferecer.

Mas isso fica para a próxima crónica. Para já, só vos quero dar a conhecer um pouco mais sobre Rosita e Carolina.

Futura Presidente?
Primeiro, as boas notícias. Carolina trabalha como empregada de limpeza num escritório do governo perto da vila de Chibuto. Ela tem também outra filha, Cecília, com 10 meses, que herdou os olhos brilhantes e as feições impressionantes da mãe.


Foi colocada uma placa junto da árvore onde Rosita nasceu

O governo deu-lhes uma casa feita em tijolo com um grande jardim, que fica não muito longe da escola pública onde Rosita estuda todas as manhãs. Ela é uma rapariga tímida, mas amistosa, que adora a irmã ainda bebé e diz que quer tornar-se “Presidente da República”.

E porque não? A fama de Rosita não é uma moda passageira, ou pelo menos não em Moçambique. A história do seu nascimento é parte do currículo escolar nacional num país com tendência para sofrer secas e cheias regulares.

Rosita e a mãe foram levadas para fora da região e celebrizadas por um governo que sabe bem a contribuição do seu parto e resgate de uma árvore para chamar à atenção internacional e obter ajuda durante as cheias de 2000.

Foi colocada uma placa numa pedra branca junato da árvore onde Rosita nasceu, na localidade de Chibuto.

Mas a última década não foi assim tão fácil para salvar – quase literalmente - a família da pobreza e obscuridade.

O pai, Salvador, a maioria das vezes ausente, é acusado de tirar e gastar praticamente todo o dinheiro que foi dado à família por pessoas sensibilizadas com a situação, logo após o salvamento.

A nova casa é maravilhosa e tem uma escola muito perto, mas o novo estilo de vida requer rendimentos que, “graças” ao marido, Carolina não tem. Alguns momentos foram bastante difíceis.

Com o sol a começar a pôr-se, Carolina e Rosita afastam-se da árvore para visitar a sua antiga aldeia. O cabelo trançado, as roupas bonitas e os sapatos elegantes, fazem com que elas se assemelhem a turistas estrangeiras.

“As nossas vidas mudaram tanto”, diz Carolina. “Nada acontece sem a ajuda de Deus.”

Fonte: BBC para Africa, Andrew Harding
Correspondente da BBC, para África

IPAJ divulga leis constitucionais moçambicanas

Manica (Canalmoz) – O Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) está a desenvolver, no distrito de Mussurize, província de Manica, um trabalho de sensibilização e divulgação de algumas leis constitucionais moçambicanas para que sejam conhecidas pelas comunidades.

Trata-se de uma rotina iniciada em Fevereiro último. Para além das comunidades abrange também vários pontos daquela província, entre eles, cadeias distritais, mercados e escolas.
Segundo o delegado do IPAJ, Osvaldo Dos Santos Macumbe, com esta iniciativa pretende-se, por um lado, que os cidadãos conheçam as demais leis constitucionais moçambicanas e saibam se servir delas. Por outro, contribuir na diminuição de diversos crimes, como por exemplo, homicídios voluntários, furtos, tráfico de órgãos humanos.

Osvaldo Macumbe disse ainda que na província de Manica, o distrito de Mussurize figura da lista dos distritos onde é frequente a ocorrência de crimes, principalmente com recurso a armas brancas.

A delegação do IPAJ prioriza nas suas visitas às cadeias o dialogo com os reclusos, sensibiliza-os a tomarem atitudes positivas na sociedade. Outros locais escalados são os mercados e escolas secundárias. Neste último lugar, os alunos, atentos às maneiras como localmente pais e encarregados de educação transmitem como se pratica o “lobolo” das raparigas, interessaram-se mais pelas questões da Lei da Família.

IPAJ inaugura mais uma delegação em Manica

Na próxima quinta-feira, o IPAJ irá inaugurar no distrital em Mussurize, a sua sétima delegação em toda província de Manica. As restantes seis delegações distribuem-se pel cidade do Chimoio, Guro, Báruè, Manica, Gondola e Sussundenga.

Fonte: canalmoz(José Jeco) 2010-08-23 06:37:00

Mozal poluiu menos o meio ambiente que a agricultura


Na investigação desenvolvida pela Universidade Eduardo Mondlane, consta que os sectores de florestas, automóvel, lixo doméstico, também poluem mais que a Mozal e a Cimentos de Moçambique “Não pretendo dizer que os fumos da Mozal não fazem mal” – Julião Cumbana, investigador da UEM

Maputo (Canalmoz) – Contrariamente ao que se pensa sobre as actividades da multinacional Mozal, o sector da agricultura em Moçambique é o que mais polui o meio ambiente, concluiu a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), num estudo encomendado pela Mozal.
Amilo Nará, docente e investigador do Departamento de Física da UEM, defende que em Moçambique as emissões do sector industrial não representam perigo algum contra o meio ambiente. O primeiro poluidor no país são as queimadas associadas à agricultura, que emitem anualmente ano 470 mil toneladas de partículas.


O segundo poluidor, ainda de acordo com Amilo Nará, é o sector das florestas (produção de carvão e lenha) com 14 mil toneladas de partículas por ano. Em terceiro lugar, consta o combustível doméstico (carvão e lenha nas residências). O sector informal (padarias, lixo doméstico) afigura-se em quarto lugar, enquanto que a poluição no ramo dos transportes nas diversas vertentes, ocupa o quinto lugar.


O investigador afirma que estes são apenas alguns exemplos, mas que lhe permitem assegurar que os outros sectores, designadamente o industrial, não têm alguma influência significativa na poluição do meio ambiente, tal como as organizações de defesa do ambiente têm vindo a propalar.


Amilo Nará refere igualmente que na indústria de alumínio, as regras do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde são claras ao afirmarem que: “o alumínio não pode emitir mais de 500 toneladas de partículas por ano. E neste momento a Mozal emite abaixo de 250 toneladas de partículas de fluoreto de hidrogénio, um dos compostos primários na produção do alumínio”.
No mesmo estudo aponta-se, a título de exemplo, que só na cidade de Maputo, a circulação de carros emite 800 toneladas de partículas por ano. “Nas nossas casas, o carvão, a lenha e lixo doméstico queimados e os fumos produzidos diariamente pelos carros, entre outros poluídos são perigosos à saúde, mas, ignora-se isto tudo e pensa-se apenas na indústria”, observou o autor do estudo.


Por seu turno Julião Cumbane, investigador em poluição ambiental da mesma universidade moçambicana, secunda o colega ao afirmar que o estudo em alusão, encomendado pela Mozal, provou e prova, que as emissões que da Mozal e Cimentos de Moçambique são menos perigosas que outros fumos provenientes das estradas, florestas, lixeiras e machambas.

“Não pretendo dizer que os fumos da Mozal não fazem mal. Eles são emitidos em quantidades inferiores que não representam perigo algum. Das quantidades que a Mozal nos concedeu aumentamos mais e tivemos uma amostra favorável dos padrões nacionais de poluição”, disse afirmando que a indústria moçambicana está a seguir o perfil das exigências internacionais.
Cumbane indica que em Moçambique, as emissões das queimadas, nas cozinhas, lixo doméstico e poeiras se aproximam a 400 mil toneladas de partículas por ano. Isto também deve preocupar as Organizações Não Governamentais que lutam contra a poluição do meio ambiente.


“Não quero dizer que as ONG´s nada fazem, mas é preciso que vejam bem quem são os potenciais poluidores do país. O facto de a Mozal ser do Grupo A, não quer dizer que é o mais poluidor. Toda a actividade humana polui e causa problemas à sociedade”, disse sublinhando que no passado as industrias poluíam de qualquer maneira, mas agora usam filtros sofisticados e emitem menores quantidades de substâncias poluentes.


De acordo com Cumbane, não se pode viver sem alumínio, ferro ou cimento. Ele argumenta que o alumínio é o segundo metal mais usado no mundo e concorre para ser o primeiro a partir do momento em que entra no fabrico de aviões, carros, entre outros.
“Estamos seguros que os estudos são robustos e garantem que não haverá perigo”, disse lembrando que a Mozal é o sétimo maior produtor mundial de alumínio, atrás da China que tem mais de cinquenta fábricas de produção do mesmo metal leve mas resistente.

Fonte: Canalmoz.com (Cláudio Saúte) 2010-08-23 06:52:00

sexta-feira, agosto 20, 2010

Direitos humanos para mais vulneráveis

UMA proposta de criação de Plano Nacional de Protecção e Promoção dos Direitos Humanos (PNDH) foi ontem apresentada, em Maputo, pelo Ministério da Justiça, visando estimular o esforço empreendido pelo Governo para promover e proteger os direitos humanos do povo moçambicano, em geral, e em especial dos segmentos mais vulneráveis das comunidades.

Objectivamente, os problemas estão centrados na luta contra a fome, a pobreza, as injustiças sociais e a erradicação de doenças que ainda ameaçam a vida dos mais necessitados, condições necessárias para a completa realização dos direitos humanos.

Sobre o assunto, anunciado num seminário que junta vários segmentos da sociedade civil, o que se pretende é um Plano Nacional de Protecção e Promoção dos Direitos Humanos que esteja em absoluta consonância com os princípios constitucionais moçambicanos e com a jurisprudência e as tendências internacionais. Assim, o Governo compromete-se a aprová-lo, logo que forem recolhidos todos os subsídios da auscultação pública que está a acontecer no país, visando concentrar, articular e orientar as acções concretas do Governo e da sociedade civil em prol da protecção e promoção dos direitos humanos.

O seminário de auscultação pública tem ainda como objectivos identificar os principais desafios na implementação dos direitos humanos, nas diversas camadas sociais (crianças, jovens, adultos, mulheres, idosos e portadores de deficiência), bem como definir prioridades sectoriais para se encarar os desafios identificados. Igualmente, visa colher opiniões sobre os riscos de um eventual insucesso do PNDH, bem assim apresentar estratégias concretas para enfrentar tais riscos.

Figuram ainda como objectivos do plano a ser aprovado a integração do discurso dos direitos humanos nos planos, políticas e estratégias governamentais, a incorporação de indiciadores relacionados aos direitos humanos dentre as diversas agências governamentais e não-governamentais, obtenção de melhorias reais e substanciais na observância dos direitos humanos em Moçambique, entre outros.

Falando na abertura do encontro, a Ministra da Justiça, Benvinda Levy, explicou que os princípios e normas constitucionais, bem como outros diplomas em vigor no nosso país exigem o reforço das instituições do Estado, para garantir o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades e garantias do cidadão. Assim, segundo ela, o presente seminário é uma oportunidade para a troca de experiências sobre as melhores práticas e desafios para atingir este fim.


Fonte: Maputo, Sexta-Feira, 20 de Agosto de 2010:: Notícias

Subsidiadas reportagens sobre direitos da criança

Nove jornalistas nacionais foram ontem seleccionados no concurso Fundo de Apoio para Trabalhos Jornalísticos 2010, cujo objectivo é reportar sobre assuntos relacionados com a promoção e realização dos direitos da criança em Moçambique.

A iniciativa, liderada pela Rede de Comunicadores Amigos da Criança (RECAC) uma parceria do MISA-Moçambique e do UNICEF, aprovou as propostas de trabalhos de Adriano Biquiuane, Boaventura Mandlate e Victorino Mario Guemo Joaquim, da Rádio Moçambique, Celso Manguana, do Semanário Zambeze, Jonas Wazir (STV), Jorge Mirione (Canal de Moçambique), Júlio Paulino (O País), Lote Sigaúque (Rádio Voz Coop) e Marciano Mubai (Scientific Repórter). De acordo com os mentores do fundo para o apuramento dos seleccionados pesou, entre outros itens, a pertinência do tema a abordar, a qualidade do argumento e as dificuldades que o jornalista teria para chegar ao terreno sem apoio financeiro externo.


Fonte: Maputo, Sexta-Feira, 20 de Agosto de 2010:: Notícias

quarta-feira, agosto 18, 2010

Quais as 10 maiores economias do mundo?

Em 18 de dezembro de 2007, o Banco Mundial divulgou os resultados das maiores economias do mundo, modificando o cálculo e tendo como base a paridade poder de compra, e não as taxas de câmbio. O Brasil tem a sexta maior economia do mundo, empatado com Reino Unido, França, Rússia e Itália. Assim, a lista das dez maiores economias do mundo é:

1 – EUA
2 – China
3 – Japão
4 – Alemanha
5 – Índia
6 – Brasil
6 – Reino Unido
6 – França
6 – Rússia
6 – Itália


Fonte: http://www.oragoo.net/quais-as-10-maiores-economias-do-mundo/18 de December de 2007 apud TVM, 17-08-2010
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra)

sábado, agosto 14, 2010

Desemprego tende a crescer no mundo: Jovens precipitam-se a serem uma “geração perdida”

Maputo (Canalmoz) – O desemprego no mundo está cada vez mais a crescer e ameaça colocar os jovens numa situação de “geração perdida”. O relatório anual de Tendências Globais de Emprego para a Juventude, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluiu que desde 2002 o número de jovens desempregados entre pessoas com idade entre 15 e 24 anos atingiu 13 porcento. Em 2009, a taxa de desemprego entre os maiores de 25 anos foi de 4,9 porcento. Comparativamente aos adultos, a taxa de desemprego entre jovens fixou-se em 2,8 vezes superior.

O documento tornado público na última quarta-feira, não retrata a situação evidenciando, o que se passa em cada país do mundo. Contudo, aponta que em 2009, 81 milhões de jovens no mundo, dos 623 milhões economicamente activos, estavam desempregados. O número poderá subir até ao fim de 2010, por isso, corre-se o risco de haver “uma geração perdida”, com jovens sem alguma esperança de ter emprego.

A crise financeira económica é apontada como sendo um dos factores que precipitou tal cenário.
De acordo com o relatório, nos países ricos o número de jovens desempregados passou de 8,5 milhões, em 2008, para 11,4 milhões, em 2009, o que representa um aumento de 34,1 porcento. Nos países em desenvolvimento e pobres, onde a maioria trabalha de forma independente e em sectores informais, sem algum benefício social, os jovens “perdem a oportunidade de sair da pobreza”, devido ao desemprego.

Em 2009, entre as mulheres, o desemprego cifrou-se em 13,2 porcento, contra os 12,9 porcento dos homens.

Fonte: canalmoz.com(Redacção) 2010-08-13 07:12:00

Educação ambiental nas escolas da capital

Trinta unidades de ensino da cidade de Maputo serão até Setembro próximo abrangidas por uma campanha de educação ambiental, no quadro de uma iniciativa privada denominada Namaacha na Escola.

A ideia, que visa educar a pequenada sobre os cuidados a ter com a água, um recurso cada vez escasso no país e no mundo, consiste em palestras, projecção de vídeos educativos e brincadeiras diversas, de acordo com uma nota dos organizadores.


Fonte: Maputo, Sábado, 14 de Agosto de 2010:: Notícias

quinta-feira, agosto 12, 2010

Economia Moçambicana - O Bom, o Mau e o Feio

Washington (Canalmoz) - Estudo de Banco Português sublinha "sucessos" económicos mas faz notar a potencialidade de futuros problemas particularmente no aspecto político.
Alguns observadores, diz o documento “antecipam o condicionamento da canalização das ajudas a partir de 2011 a progressos claros na vertente politica”.

O governo de Moçambique anunciou que o Produto Interno Bruto cresceu 9,5 por cento no primeiro semestre do ano. Qualquer que seja o ponto de referência este é um crescimento que pode ser considerado de excelente. Mas um estudo feito pelo Banco Português de Investimentos, BPI (NR: Publicado esta semana pelo Canalmoz), reconhece o bom da economia moçambicana mas faz também notar os problemas, alguns deles políticos, que não podem ser ignorados.
O estudo do BPI é uma mistura de boas e más notícias. O BPI descreve o crescimento económico alcançado o ano passado em Moçambique de 6,4 por cento como "surpreendente" tendo em conta a situação económica internacional e faz notar que esta boa performance deverá continuar.
O BPI descreve a economia moçambicana como um "caso de sucesso entre os países africanos de rendimento médio ou baixo" sublinhando que na última década o Produto Interno Bruto per capita subiu de 479 dólares para 981. O índice de pobreza diminuiu de 69,4 por cento da população em 1997 para 54,1 por cento e 2003 devendo ter caído para baixo dos 50 por cento o ano passado, diz o banco.

O BPI faz notar ainda as entradas avultadas de investimento estrangeiro no país nos últimos anos. Em 2009 por exemplo entraram no pais 880 milhões de dólares de investimentos estrangeiros mais 50 por cento do que no ano anterior. O banco faz notar que o clima de negócios melhorou no índice do banco mundial.
Mas o estudo faz notar a potencialidade de futuros problemas.
Factores de ordem política ensombram a visão e as perspectivas do país diz o estudo acrescentando que recentemente os doadores internacionais mostraram preocupação quanto á hegemonia politica que descreve de adversa ao bom funcionamento das instituições.
O estudo afirma ser necessário que os partidos da oposição reforcem de certa forma a sua posição pois não é benigna uma oposição excessivamente enfraquecida.
Alguns observadores, diz o documento “antecipam o condicionamento da canalização das ajudas a partir de 2011 a progressos claros na vertente politica”.
Embora se tenha verificado ao longo da ultima década “uma melhoria na eficácia da lei, na qualidade da regulação, na estabilidade politica e ausência de violência” há a destacar “ o decréscimo” na liberdade de escolha de governantes, eficácia governamental e controlo da corrupção, diz aquela avaliação.
O estudo do Banco Português de Investimento faz ainda notar pela negativa o facto de “continuar a haver uma ampla camada da população que vive abaixo dos limiares da pobreza” havendo pois a necessidade de se tornar o crescimento “ mais inclusivo”.

Fonte: canalmoz.com, João Santa Rita, Voz da América, Terça, 10 Agosto 2010, com a devida vénia) 2010-08-12 06:52:00

ONDE ESTÁ A CAPACIDADE AFRICANA DE AUTO-DESENVOLVER-SE?

Beira (Canalmoz) - A notícia da assinatura no Brasil de um acordo de cooperação trilateral entre a USAID e o Brasil para implementar projectos de assistência em agricultura e segurança alimentar em África pode parecer uma boa nova. Mas se vistas com profundidade e em todo o seu significado real, tal acordo e outros do mesmo tipo, assinados com a Índia ou a China, não são mais do que a continuação de políticas de apoio a África, tendenciosas e pouco produtivas em termos dos impactos que trazem para este continente. Significam sobretudo a falta de uma visão africana própria no que concerne a definição de suas agendas de desenvolvimento. Significa que os africanos continuam a sujeitarem-se a imposições dos outros por ausência de governos com capacidade própria de determinar como se utilizam os recursos que África possui. Significa que os governantes africanos teimam em colocar tudo nas mãos dos outros e abandonam a sorte dos seus concidadãos nas mãos de interesses corporativos estrangeiros.

Nem a alegada falta de tecnologia ou de recursos humanos com capacidade de desenhar projectos cola porque existem milhares de técnicos africanos qualificados em universidades e institutos técnicos africanos e internacionais com capacidade comprovada para fazer seus países andarem para a frente.
Uma coisa é a falta de vontade política para implementar políticas apropriadas e outra coisa é a incapacidade de gerir dos governos africanos com base em princípios e práticas éticas, morais e políticas conducentes a criação de condições para a emergência de sociedades dinâmicas, adultas, auto-suficientes e democráticas em todos os sentidos que isso signifique. Governos “chorões” e pedintes são governos irresponsáveis que querem atirar para os outros as suas incapacidade de governar. Se um país da dimensão da Bélgica ou Holanda consegue suprir as suas necessidades isso deve-se a uma cultura de governo que não se coaduna nem aceita a corrupção e em que todos os actos goovernativos estão sujeitos a fiscalização de parlamentos interessados em ver as coisas andando da maneira mais transparente possível.
Quando nos dizem que querem implementar modelos de cooperação Sul-Sul e no fim vemos projectos socialmente interessantes esbarrarem com complicados sistemas de aprovação parlamentar em países como o Brasil, só podemos duvidar da autenticidade de tais proposições. Não é aceitável que uns meros 100 ou 200 milhões dólares americanos tenham que levar tanto tempo a decidir pelas autoridades brasileiras para a implementação de um projecto farmacêutico de produção de medicamentos destinados a tratar pacientes de HIV/SIDA em Moçambique.
Será que o Botswana, Swazilândia, Moçambique e África do Sul, mesmo incluindo a Zâmbia e todos os outros países da SASDC não conseguem reunir a componente financeira para implementar tal tipo de projecto?
A parceria e cooperação internacional primeiro tem de ser entre os que são vizinhos e que sofrem do mesmo problema e depois estendida para outros horizontes.
Será que faz muito sentido ir ao Brasil buscar cooperação técnica para a produção agrícola quando a vizinha África do Sul é o país que abastece Moçambique de muitas das suas necessidades alimentares? Não há tecnologia no Zimbabwe, no Quénia capaz de ser transmitida para Moçambique em domínios como a agricultura?
A procura da via fácil ou aparentemente fácil de desenvolvimento nacional está colocando o país em via de colisão com os seus próprios interesses.
Faz mais falta um curriculum educacional adequado às necessidades de desenvolvimento endógeno do país do que milhões de dólares despejados em projectos de capacitação institucional.
Os governos estão pecando por não serem capazes de absorver e aplicar experiências como a da China ao pagar pelos estudos de seus concidadãos em países tecnologicamente avançados. São esses estudantes que hoje replicam suas experiências em ambientes desenvolvidos e que tem levado a China a aplicar metodologias e tecnologias apropriadas que a catapultaram para patamares cada vez mais avançados de desenvolvimento.
Porquê a teimosia de adoptar só aquilo que os conselheiros estrangeiros despejam com suas consultorias dispendiosas?
Sempre que condicionalismos de ajuda externa ou de créditos amarram os governos africanos, seus países tornam-se reféns de interesses corporativos.
É preciso entender que enquanto os governos africanos não acarinharem seus concidadãos tecnicamente preparados e os hostilizarem, estes vão preferir estabelecer-se em outros países e aplicarem os conhecimentos de que África carece na diáspora.
Já alguém contabilizou quantos africanos vivem na diáspora só porque seus governos não conseguem criar condições para a sua reinserção? Que dificuldades tecnológicas estes cidadãos seriam capazes de resolver uma vez instalados em África?
O que temos como migração africana para África muitas vezes não passa de esquemas de enriquecimento rápido com base na pirataria e negócios ilícitos. Ou então são refugiados políticos legítimos que fogem dos conflitos sangrentos originados por guerras pela posse e controle de recursos naturais.
Há que continuar a dizer que o nosso problema não é a falta de mais seis milhões de dólares que é o orçamento da publicitada cooperação trilateral Brasil-USAID-Moçambique para a agricultura.
O nosso problema como já alguém disse é a falta de uma liderança genuinamente interessada em ver os nossos países caminhando com os seus próprios pés.
Há que estar contra qualquer tipo de ajuda ou caridade filantrópica de africanos que entanto que governantes não conseguem aplicar os preceitos de governação necessários para trazer dignidade e orgulho para os seus concidadãos mas volta e meia atiram com algumas notas dólares para cidadãos carenciados de países que visitam.
As esmolas dadas por fundações alegadamente bem intencionadas não resolvem os problemas de falta de democracia que este continente efectivamente sofre. Isso não ajuda a melhorar o ambiente político nem traz mais tolerância. Isso não elimina os financiamentos eleitorais feitos à socapa via cooperação entre governos. Isso não contribui para eliminar um sistema enraizado de impunidade e de desrespeito às leis nacionais aprovadas. Isso não contribui para o estabelecimento de um ambiente de responsabilização dos governantes e para a promoção de uma cultura de transparência baseada em códigos de conduta apropriados.
É preciso abandonar os projectos de cooperação internacional que só aumentam a dependência externa de nossos países.
Temos recursos para dar e vender.
Só falta um ingrediente, governos de que nos possamos orgulhar pelo que fazem em prol do progresso e equidade em nossos países. Governos responsáveis e governantes que não hesitam em demitir-se quando não conseguem cumprir com as suas obrigações...


Fonte: Canalmoz.com, Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo

Depreciação do metical: Faltou lógica económica para travar a subida de preços

Maputo (Canalmoz) – A actual subida de preços de quase todos os produtos de necessidade básica não é apenas reflexo da desvalorização do metical face às principais moedas de transacção na economia nacional, é também resultado da falta de acompanhamento das leis de mercado, considera o economista e ex-ministro da Administração Estatal, José Chichava.

Chichava diz que durante muito tempo não houve um acompanhamento de mercado e o ajuste de preços não aconteceu quando era necessário. Por isso, com a recente situação, o ajuste está a ocorrer de forma brusca para compensar o período em que o mesmo não sucedeu.

“Não podemos passar um ou dois anos sem mexer com alguns preços de produtos de primeira necessidade, para depois, num outro ano, aparecermos com subidas acima de 10 porcento, por exemplo. Isso não está correcto”, disse aquele economista, que defende o acompanhamento da lógica económica.

O nosso interlocutor refere-se ao que, por exemplo, sucedeu com os combustíveis: durante o ano passado, enquanto no mercado internacional o preço subia, em Moçambique, o Governo enveredava pelos subsídios e mantinha os preços. Quando houve necessidade de reajuste, as subidas do preço desse produto foram sistemáticas.

Entretanto, Chichava, atento à actual situação, chama atenção à violência que caracteriza uma economia de mercado, sobretudo no aspecto da concorrência. O recomendável, segundo disse, é estar-se preparado para os embates e o Governo deve exercer o seu papel de regulador.
“O Governo tem de aumentar a sua capacidade de fiscalização. É preciso que a inspecção económica vá ao terreno porque esta coisa de aumento de preços gera oportunismo”, disse.
Na sua opinião, a solução para casos como os que agora caracterizam o negócio nos diversos mercados moçambicanos, é o aumento da produção. “Quando produzirmos mais e importarmos menos, ganharemos divisas e estabilizamos a moeda. A economia é dinâmica. Numa situação dessas, há fenómenos que podem ficar fora do controlo e há que redobrar esforços para diminuir o impacto do embate”.
Segundo Chichava, se os cidadãos vivessem no campo e a produzir, dariam um grande contributo à economia, pois deixariam de exercer pressão sobre os produtos importados. E quando diminui a pressão sobre estes produtos, automaticamente, há redução de importações, e estas seriam para o fundamental.

E mais: “quando o pouco que se produz no campo serve para resolver o problema da fome, pressiona-se a economia do país. Os poucos fundos que o Estado tem são usados para importar bens de primeira necessidade”, concluiu.

Fonte: Canalmoz.com, Matias Guente, 2010-08-12 06:57:00

Mais reservas de carvão descobertas em Tete

A JSPL Mozambique Minerals, uma empresa de capitais indianos, acaba de descobrir reservas de carvão na ordem das 1,65 mil milhões de toneladas, na sequência de sondagens realizadas no distrito de Cahora Bassa, na província de Tete, escreve a agência de notícias Macauhub, citando fonte do Ministério dos Recursos Minerais.

De acordo com a fonte, a JSPL Mozambique Minerals já submeteu o estudo de viabilidade para pedido de uma concessão mineira para a produção de 2,5 milhões de toneladas de carvão por ano a partir de 2011. A firma prevê subir a produção para 7,4 milhões de toneladas de carvão em 2013.

Fonte: Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias

Inhambane cria 48 florestas comunitárias

A PROVÍNCIA de Inhambane já criou 48 florestas comunitárias, em resposta ao plano “Um Líder, Uma Floresta”. Estas florestas, que cobrem cerca de 458 hectares, foram criadas com espécies de casuarinas, eucaliptos, chanfuta, acácias, entre outras.

Inhambane tem cerca de 1.370 líderes comunitários, esperando-se que se criem igual número de florestas.

O distrito de Govuro é o que lidera a implementação deste programa com um total de sete florestas, seguindo-se os de Vilankulo, Morrumbene e Panda, com cinco florestas cada.

Para a operacionalização deste plano, o Governo moçambicano responsabilizou os administradores distritais, chefes dos postos administrativos e das localidades.

Por outro lado, esta província já conta com pouco mais de um milhão de árvores de fruta e sombra na sequência do programa “Um Aluno, Uma Planta”.

Estas plantas são de um universo de 405.943 alunos, o que corresponde a um rácio de cerca de 2,6 plantas por aluno.

O distrito de Morrumbene lidera este programa, a nível de Inhambane, com cerca de 103.295 plantas.

Fonte: AIM apud Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias

"Bullying" tem aspectos positivos


Um pouco de "bullying" terá um lado positivo.

O facto de as crianças enfrentarem por si próprias as hostilidades numa situação de "bullying" e as devolverem na mesma moeda ao "inimigo" poderá contribuir para o seu desenvolvimento. Um pouco de "bullying" terá então um lado positivo: ajudar a criança a desenvolver as suas competências a nível social e emocional. Este é o resultado de um estudo realizado por psicólogos da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) que, através de uma série de experiências, mediram as amizades e inimizades de dois mil alunos entre os 11 e os 12 anos, de ambos os sexos.

Os especialistas não querem com isto dizer que é saudável uma criança ser atormentada por outra, mas tão só que reagir e pagar hostilidade com hostilidade ajuda mais os adolescentes do que sofrer em silêncio, contribuindo para a maturidade. Haverá pessoas que, no futuro, não irão gostar deles e é bom que comecem a aprender a resolver os seus conflitos.


Fonte: By redacção, Actualizar: sábado, 7 de Agosto de 2010
www.maxima.pt

Parceiros reduzem dinheiro à Educação

O MINISTÉRIO da Educação (MINED) tem vindo a assistir nos últimos tempos e com alguma preocupação a redução de financiamento por parte dos principais parceiros de cooperação, facto que obriga o sector a repensar e conjecturar sobre possíveis alternativas de saídas que se devem adoptar para honrar com os compromissos.

Em 2009 o pelouro da Educação funcionou com cerca de 600 milhões de dólares e para este ano viu o “bolo” diminuído em cerca de 20 porcento, segundo dados revelados por Manuel Rego, director nacional de Planificação e Cooperação e porta-voz do MINED e do VI Conselho Coordenador que decorre desde ontem, na cidade de Quelimane, Zambézia.

Segundo explicou, a redução do apoio está relacionada com a crise financeira mundial, o que obrigou a reorientar-se o financiamento. Associado a isto esteve o facto de os principais parceiros de cooperação verem-se obrigados a um dado momento, a especializar-se em determinadas área para as quais canalizariam todo o financiamento. Assim, de acordo com Manuel Rego, a prioridade para os doadores tem sido a Saúde.

Contudo, segundo o porta-voz, o MINED está a trabalhar com vista a evitar grandes implicações com essa redução, fazendo de tudo para que as Metas do Desenvolvimento do Milénio e outros compromissos do sector não sejam grandemente afectados.

No seu discurso de abertura, Zeferino Martins, Ministro da Educação, sublinhara que os constrangimentos económicos que afectam todos os quadrantes do mundo apresentam-se como uma gigantesca barreira a transpor. O outro desafio resulta do crescimento explosivo que o sistema apresenta, com reflexos na qualidade de ensino que se tem vindo a ministrar, o que exige esforços adicionais, capacidades, habilidades e competências para trabalhar com turmas numerosas, multi-classes, ao relento e com a escassez de material didáctico.

Actualmente o sector conta com seis milhões de alunos e 13.434 escolas no Ensino Primário, nas quais 636.740 alunos frequentam o Ensino Secundário em 493 escolas. O mesmo crescimento é notório no Ensino Superior, presentemente com 81.250 estudantes e 38 instituições de Ensino Superior, entre públicas e privadas.

“Este quadro não deve constituir para nós motivo de triunfalismo que nos pode desviar do propósito almejado, que é o de conferir a todo cidadão moçambicano a ferramenta necessária e indispensável para o combate à pobreza, oferecendo a todo o povo uma vida digna e próspera. É imperioso reflectirmos com maturidade, com responsabilidade e ponderação nos inúmeros desafios que se agigantam ante nós, pois, muito há ainda por fazer. Um número significativo de alunos ainda não tem lugar nas nossas escolas. Isto exige de nós maior capacidade de resposta à criação de condições e meios para a construção de mais escolas, mais salas de aulas. A criação de mais escolas implica, também, indubitavelmente, o incremento do número de professores com a qualidade que se deseja ao bom entendimento dos alunos” – disse.

O conselho coordenador está a fazer a avaliação dos últimos doze meses de actividade, situação das horas extras, supervisão pedagógica, construção de salas de aulas e casas de e para professores, a situação da criança fora da escola, expansão do ensino, entre outros assuntos.

Fonte: Hélio Filimone, Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias

Ainda este ano: Moçambique terá 1ª refinaria de ouro - revela a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no Búzi


A PRIMEIRA refinaria de ouro no país deverá entrar em funcionamento ainda este ano na província de Manica. O facto foi revelado ontem na vila do Búzi, em Sofala, pela Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no início do seu XXV Conselho Coordenador.

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Primeiro destaque


Ainda este ano: Moçambique terá 1ª refinaria de ouro - revela a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no Búzi

A PRIMEIRA refinaria de ouro no país deverá entrar em funcionamento ainda este ano na província de Manica. O facto foi revelado ontem na vila do Búzi, em Sofala, pela Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no início do seu XXV Conselho Coordenador.Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias
Recentemente a assessora do Ministério dos Recursos Minerais e Energia para questões de minas, Fátima Momade, anunciou em Barbeton, na África do Sul, que a empresa mineira sul-africana Pan African projecta construir uma fábrica de refinaria de ouro na província de Manica e que numa fase inicial a mesma deverá empregar cerca de 300 trabalhadores.

Dado o elevado valor necessário para construir o empreendimento, mais de 80 milhões de dólares norte-americanos, a Pan African está em negociações para a constituição de um consórcio com a Delta Trading - empresa que também tem interesses mineiros naquela província.

Fátima Momade afirmou também que a Pan African apresentou um projecto ao Governo moçambicano, no qual manifesta o desejo de explorar cerca de 16 mil hectares na província de Manica, onde deverá abrir três minas de ouro, designadamente “Fair Bride”, “Dot’s Luck” e “Guy Fawkes”.

“Costuma-se dizer que a província de Manica está por cima de ouro. Neste momento só os artesanais é que fazem a exploração e no conjunto produzem anualmente entre 75 e 100 quilos de ouro. Contudo, a Delta Trading completou recentemente um estudo de viabilidade da mina de ouro Monac, que lhe foi concedida para exploração, tendo concluído que a mesma pode produzir mais de 200 quilos de ouro por ano”, disse Fátima Momade.

Entretanto, a mineração artesanal, segundo a ministra Esperança Bias no encontro que decorre na vila do Búzi, tem criado diversos problemas ao meio ambiente e à sociedade quando não é desenvolvida de forma organizada de acordo com a legislação e quando não respeita as boas práticas ambientais, de saúde e segurança para o seu exercício.

A governante defendeu que sem a utilização de meios mecanizados a mineração artesanal é uma actividade dura, muitas vezes de elevado risco, sendo que o país deve avançar com a monitoria sistemática de actividade com recurso à refinaria.

Esperança Bias enfatizou, contudo, que a par da exploração industrial de minerais e da prospecção e pesquisa geológica levada a cabo por diversas empresas, os minerais artesanais e de pequena escala têm jogado um papel importante na produção mineira de ouro e gemas, como acontece nos casos de Manica, Tete, Zambézia e Nampula.

A ministra disse também que o Governo tem vindo, através do Fundo de Fomento Mineiro a apoiar os operadores artesanais, quando organizados de forma associativa, no fornecimento de assistência técnica, treino no exercício de boas práticas e concessão de empréstimos.

Acrescentou que a actividade ilegal de mineração artesanal é frequente no país, sendo muitas vezes promovida, fomentada e organizada por agentes de comercialização ilegais que traficam o ouro, pedras preciosas e semi-preciosas fora dos circuitos legais de exportação.

Este é, assim, um dos temas fundamentais neste conselho coordenador tendo em vista a procura de soluções para os moldes mais adequadas no exercício da actividade, exigindo-se até a revisão dos procedimentos regulamentares no combate à ilegalidade.

“Neste encontro voltaremos a discutir em que modalidades se deverão organizar os operadores mineiros artesanais. Não devemos forçar a constituição de associações de operadores mineiros artesanais, pois poderão existir outras formas de organização mais adequadas, por exemplo cooperativas” - sugeriu a ministra dos recursos minerais.

Por Horário João,
Fonte: Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias

quarta-feira, agosto 11, 2010

Jovens queixam-se de exclusão na tomada de decisões

Maputo (Canalmoz) – O presidente do Conselho Nacional da Juventude, Osvaldo Petersburgo, considera que o Governo ignora as recomendações dos jovens sobre vários problemas que os apoquentam, como o desemprego e a habitação. De igual modo, refere que alguns governantes, nos encontros com os jovens, fingem estar a tomar nota das preocupações levadas com vista à sua resolução, mas depois elas terminam nas gavetas.

Osvaldo Petersburgo fez estas afirmações ontem, em Maputo, numa reunião de avaliação do cumprimento das recomendações emanadas pelos jovens no âmbito do Plano de Acção para Redução da Pobreza Absoluta (PARPA). O encontro que junta várias associações juvenis do país, enquadra-se no âmbito da semana internacional da juventude, cujas celebrações ocorrem a 12 de Agosto de cada ano.

O presidente daquela agremiação, disse ainda que no caso de algumas recomendações que o executivo leva a peito, depois transforma as suas iniciativas no Plano Quinquenal do Governo. O que é negativo nesse aspecto, na opinião dos jovens, é que as mesmas recomendações, quando transformadas em algo palpável não mais beneficiam aos jovens, mas, sim, os políticos.
Em vários países, constata Petersburgo, os jovens pouco contribuem na elaboração do PARPA, porque os governos, nos seus habituais encontros com esta camada social, “não nos querem dar ouvidos, facto que nos desmotiva”.
Petersburgo disse igualmente que os jovens andam insatisfeitos pelo facto de as suas opiniões serem pouco reflectidas na produção do PARPA como instrumento de redução de um mal que os inquieta: a pobreza. Ele apelou para que os jovens não se escondam em agenda pré-definidas como forma de ultrapassar as dificuldades que encaram.

Créditos bonificados para aquisição de habitação

A juventude reclama também créditos bonificados de modo a adquirir habitação. Outro anseio deste grupo é que a política de habitação esteja em consonância com a realidade do país, cobrindo, desta feita, os jovens sem meios suficientes para comprar ou construir uma casa.
Policarpo Tamele, presidente da Aro-Moçambique, uma agremiação para assuntos juvenis, defendeu no encontro de ontem a necessidade de os preços praticados na venda de casas serem acessíveis para que “o cidadão que recebe um salário mínimo tenha poder para comprar”.

Para aquele dirigente associativo, antes de avançar com a política de habitação, o Governo deve garantir, primeiro, o emprego para os jovens, alegadamente, porque para comprar casa é preciso ter dinheiro. Apelou ainda para que os jovens não esperem que o Governo faça tudo por eles. “Devem procurar meios de criar auto-emprego”, aconselhou.

Para defender os interesses da sua agremiação, Tamele tentou sugerir algumas fórmulas de criar tal auto emprego: é preciso que a juventude lute para que os seus direitos sejam reconhecidos, organizando-se em associações e de outras formas. Considera que com à juventude espalhada, não será fácil para os governantes partilharem a riqueza com os jovens.

Fonte: Canalmoz(António Frades) 2010-08-11 07:14:00

Oportunidade de emprego e bolsas de estudo para estudantes

O presidente do Núcleo Académico Empreendedor de Moçambique, Manuel Cuembelo, queixa-se de falta do apoio do empresariado nacional aos projectos criados pelos jovens

Maputo (Canalmoz) – Os estudantes universitários, do ensino geral e técnico profissional, podem beneficiar de bolsas de estudos e estágios de trabalhos em diferentes empresas nacionais, no âmbito da Feira Juvenil Empreendedora a decorrer de 27 a 28 de Agosto corrente na cidade de Maputo.

A iniciativa do Núcleo Académico Empreendedor de Moçambique (NAEM), trata-se da primeira feira juvenil de género, em Maputo, a cargo desta instituição. O Júri encarregue de eleger os melhores projectos fá-lo-á em função de sua viabilidade nas áreas onde serão implementados.
De acordo com a organização do evento, a feira surge como um espaço onde os estudantes de vários estabelecimentos de ensino podem concorrer com projectos de empreendedorismo. Os melhores trabalhos serão premiados com bolsas de estudos e estágios profissionais.

O mesmo evento foi criado e está sendo dinamizado por um grupo de estudantes sensibilizados com os índices de desemprego que flagelam a juventude e a escassez de oportunidades. Nesse sentido, querem incentivar esta camada social a “criar projectos de empreendedorismo e de negócios em diversas áreas económicas e sociais”.

O NAEM diz que desde o ano passado vem buscando parcerias para concretizar a referida feira juvenil de empreendedorismo. Até este momento, refere, conseguiu apoio de instituições como a “Tecnicol Moçambique”, “Intec College”, “Instituto Politécnico de Tecnologias” e “Empreendedorismo e Megaformar”. Todas estas entidades são do ramo de ensino técnico e se prontificaram a conceder bolsas de estudos aos estudantes que apresentarem projectos ambiciosos, afirmam.

Para estágios, os escolhidos irão estagiar em empresas como a “Deloitte &Touch”, “HCB”, “Ernst & Young”, “Visabeira”, entre outros.

Entretanto, o presidente do NAEM, Manuel Cuembelo, lamenta o fraco engajamento do empresariado nacional no apoio aos projectos que têm sido criados pelos jovens. Afirma que “parte significativa dos nossos pedidos de apoio é a que foi rejeitada”.
A feira decorre sob o lema: “por uma juventude cada vez mais intelectual e socialmente interventiva”. Está também agendada uma palestra sobre “os desafios do empreendedorismo no contexto do combate à pobreza”.

Fonte: Canalmoz(Inocêncio Albino)2010-08-11 07:16:00

Líder Fórum dos Desmobilizados de Guerra preso em sua casa

Maputo (Canalmoz) – O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos, foi preso ontem, em plena noite, na sua própria residência, no bairro de Infulene, no Município de Matola (Vsff notícia da nossa edição de ontem).
A prisão ocorreu por volta das 19:20 horas, dias depois de ter sido sitiado por homens fortemente armados da Força de Intervenção Rápida (FIR), uma das unidades militarizadas da Policia da República de Moçambique (PRM).

Hermínio do Santos lidera os desmobilizados de guerra que têm programado para Setembro uma manifestação à escala nacional que deveria ser melhor preparada num encontro que está agendado para o próximo, 14 de Agosto.

A manifestação que está a ser preparada é em repúdio pela inércia do Governo, que desde 1992, não consegue prover os seus direitos, de entre eles as pensões.
Volvidos dezoito 18 anos, o Governo, segundo os desmobilizados, diz que ainda está a organizar o expediente com vista à fixação de tais direitos.

O Canalmoz recebeu ontem uma chamada telefónica do filho de Hermínio dos Santos, presidente da Associação dos Desmobilizados de Guerra, a informar sobre a detenção do seu pai em sua casa, já depois do sol posto, e sem qualquer mandato judicial.
Cinco minutos depois de ter recebido a informação do filho, o Canalmoz contactou o próprio Hermínio do Santos que nos confirmou que na altura estava de facto a ser detido. Disse-nos ainda que a sua prisão se devia ao facto de não ter se apresentado pela manhã dessa terça-feira, às autoridades. Assegurou não ter recebido alguma notificação policial, embora reconheça que na segunda-feira recebeu um telefonema de alguém que se identificou como sendo Dr. Matusse, a informar que ele estava intimado a comparecer na PIC, cidade de Maputo, segundo andar, na manhã de ontem.

O tal indivíduo, segundo nos reportou Hermínio do Santos, usou o telefone número 82 38 00 850. No mesmo dia em que recebeu essa chamada, Hermínio dos Santos remeteu uma queixa à PGR a solicitar intervenção do Procurador-Geral da República para repor a legalidade. (Outros enredos estão contidos na edição do Semanário Canal de Moçambique que sai hoje, quarta-feira).

Fonte: Canalmoz, 11-08-2010

Tribunal Supremo bloqueia casos de grande corrupção


O Centro de Integridade Pública (CIP) questiona se o Tribunal Supremo estará ou não a bloquear o desfecho dos casos de grande corrupção no país. Hoje, passam nove anos que os assassinos do economista Siba Siba Macuacua continuam impunes

Maputo (Canalmoz) – O Tribunal Supremo parece não estar interessado em que alguns casos sonantes de corrupção, como os de assassinato do economista Siba Siba Macuacua, do antigo ministro Almerinho Manhenje, sejam julgados com a celeridade que se espera, considera o Centro de Integridade Pública (CIP), para quem aquela entidade se tornou um bloqueio à finalização de determinados processos, havendo a percepção de que esse mesmo bloqueio seja politicamente motivado, principalmente, por falta de juízes.


Segundo o CIP, as autoridades do Estado (judiciais e do Governo) têm agido apenas sobre a pequena corrupção, deixando a grande corrupção impune. Tal cenário, nos últimos anos frustrou a expectativa dos moçambicanos que acreditavam numa acção penal anti-corrupção. Nos últimos anos, a pressão para que haja uma acção penal efectiva contra a corrupção em Moçambique teve como centro de atenções o Ministério Público (e o seu Gabinete Central de Combate à Corrupção). O papel de outros actores de relevo, como o Tribunal Supremo, foi visto com menos agressividade.
Numa nota envia à redacção do Canalmoz, o CIP escreve que a Procuradoria Geral da República (PGR) tem sido alvo de maior escrutínio público (e até da Assembleia da República), colocando-se-lhe rótulos quando se mostra hesitante ou dúbia no tratamento de uma determinada matéria para investigação – como de facto é a sua postura dúbia no “caso MBS” e nas graves alegações contra a ministra do Trabalho, Helena Taipo.
O CIP fala ainda de alguns casos de corrupção que estão parados em sede de recurso no Supremo, há demasiado tempo, quando se esperava que os mesmos fossem priorizados, uns porque já são antigos e envolveram assassino (“caso Siba Siba/Banco Austral”), outros porque tem como protagonistas ex-governantes (o antigo ministro do Interior, Almerinho Manhenje) e outros ainda porque envolviam réus presos há mais de um ano (caso do Centro de Processamento de Dados).


Relativamente ao “caso Siba Siba Macuacua”, a fonte refere que até hoje, 11 de Agosto de 2010, a investigação do caso esbarrou na inoperância do Tribunal Supremo e afirma: “O caso Banco Austral tem duas vertentes. A vertente do assassinato e a vertente da gestão danosa. As duas têm uma relação intrínseca. A gestão danosa foi a principal causa do assassinato”.


Sobre o assassinato, o Ministério Público (MP) acusou alguns indivíduos em 2009, mas o Tribunal da Cidade de Maputo rejeitou as acusações, soltando os suspeitos que haviam sido detidos (Parente Júnior, entre outros, nomeadamente dois guardas do antigo banco sobre quem se suspeita tenham sido os autores materiais do crime). O MP recorreu ao Tribunal Supremo, havendo ainda a esperança/possibilidade de o Tribunal Supremo dar razão ao MP e vir a pronunciar os acusados. Parte dos antigos administradores, nomeadamente Octávio Muthemba e Jamu Hassan, haviam sido constituídos arguidos como autores morais, mas o Ministério Público se absteve de os acusar, também por alegada falta de indícios.

Fonte: Canalmoz.com, 11-08-2010

Quelimane: Jardim dos namorados vira bombas de combustível

O emblemático jardim da Sagrada Família, mais conhecido por Jardim dos Namorados, vai ser transformado em bombas de combustíveis, numa polémica decisão tomada pelo edil de Quelimane Pio Matos.

A proposta já foi depositada na Assembleia Municipal (AM) na semana passada. Segundo o projecto, a estação de serviços contempla, para além de bombas de combustíveis, uma farmácia, loja de conveniência, escritórios diversos, etc.

Na semana passada, dia em que a Assembleia Municipal (AM), reuniu-se em mais uma sessão ordinária, este ponto, já tinha sido agendado como matérial para discussão, só que depois, os membros da Comissão Permanente, retiraram, alegando que precisavam de tempo para analisá-la com profundidade.

O presidente da Assembleia Municipal de Quelimane, Afonso João, disse que a proposta submetida pela edilidade, não deve ser analisada ás pressas. João fez saber que a questão pode ser polémica se não for vista ao detalhe. A fonte sublinhou que para um projecto desta dimensão é preciso ouvir a sensibilidade dos munícipes porque são eles acima de tudo os que conduziram o edil e os membros da AM ao poder.

Por outro lado, o presidente da AM diz que é preciso ouvir instituições como a Administração Nacional de Estradas (ANE) e o MICOA.

No entanto, Pio Matos, edil de Quelimane, escusou-se a reveler a identidade do dono do projecto, atitude que fertiliza terreno para especulações. Matos avançou apenas que o projecto é ambicioso e irá ajudar a dinamizar a vida do município de Quelimane.

Quando questionado se a edilidade estava ciente das críticas que o projecto iria atrair, o edil disse que deixava tudo ao critério do legislador, neste caso, a AM de Quelimane.

Entretanto, munícipes que falaram ao SAVANA, disseram que, a avançar este projecto, será a pior decisão tomada pela edilidade de Pio Matos.

Fonte: SAVANA apud imensis. 11-08-2010

Pequenas e médias empresas poderão ser cotadas na bolsa


O presidente da Bolsa de Valores de Moçambique, Jussub Nurmamad, disse que um elevado número de pequenas e médias empresas poderá ser cotado na Bolsa de Valores de Moçambique ainda este ano.

Jussub Nurmamad explicou ainda que o regulamento, para aquele que será considerado o segundo mercado de capitais bolsista, já foi elaborado, faltando apenas a sua divulgação, de modo a que as empresas possam saber quais são os requisitos para estarem cotadas na bolsa.

‘Este ano vamos ter o segundo mercado bolsista, já temos o regulamento e, como ainda estamos em Agosto, acredito que vamos ter algumas pequenas e medias empresas cotadas na bolsa ainda em 2010’, disse Nurmamad.

A Bolsa de Valores de Moçambique começou as suas actividades como uma capitalização bolsista de USD 5 milhões, devendo atingir este ano os USD 500 milhões, segundo a fonte da Macauhub.

Cerca de 70 por cento do universo das empresas em Moçambique é constituido por pequenas e médias empresas.

A Bolsa de Valores de Moçambique tem admitidos à cotação cerca de vinte papéis de igual número de empresas.

Destacam-se a Cervejas de Moçambique, detida maioritariamente por capitais sul-africanos, a Empresa Moçambicana de Seguros, o Standard Bank, o Banco Internacional de Moçambique (Millenium Bim), a Cimentos de Moçambique (Grupo Cimpor de Portugal) e a empresa açucareira Maragra.

Na semana passada, Jussub Nurmamd disse que o Estado moçambicano vai emitir obrigações do tesouro e anunciou a emissão de obrigações da Petromoc, a ser efectuada em duas parcelas, cada uma de USD 10 milhões.

Fonte: Macauhub apud imensis, 11-08-2010

Empresas contribuíram pouco para os cofres do Estado

O presidente da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), Rosário Fernandes, disse, na Manhiça, província de Maputo, que a contribuição do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC) – pago pelas pequenas, médias, grandes e mega-empresas – representa apenas três por cento do total da receita arrecadada pela sua instituição, entre 1 de Janeiro e 31 de Julho deste ano.

No período em referência, a AT afirma ter arrecadado mais de mil milhões de meticais (25milhões de dólares) do que estava inicialmente programado, o que equivale a uma realização de cerca de 103 por cento.

De referir que a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) tem advogado a redução das actuais taxas de impostos, alegando que as mesmas “sufocam” as actividades das empresas.

Relativamente a esta questão, Rosário Fernandes afirmou que, de momento, tal não se justifica, porque os cidadãos, através do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS), é que têm sido “mais sacrificados” e que a redução só poderá acontecer se entre outros aspectos houver uma maior eficiência na cobrança do IRPC.

O Presidente da Autoridade Tributária de Moçambique realçou ainda que a redução das taxas de impostos ‘não pode nem deve ser mecânica. As reduções não devem resultar de aberrações de políticas públicas. As políticas são feitas de forma racional e pensadas para que não resultem em soluções erradas’.

Entretanto, Rosário Fernandes encorajou igualmente a CTA a prosseguir com o papel que tem desempenhado para o alargamento da base tributária, ao sensibilizar o sector privado a cumprir com as suas obrigações fiscais.

‘O alargamento da base tributária que todos desejamos e almejamos deve estar em estreita sintonia com um maior desempenho dos contribuintes, sem excepção, no pagamento de impostos em todas as suas categorias’, disse.

Relativamente às receitas cobradas pela AT, Rosário Fernandes disse que a meta anual foi cumprida, até 31 de Julho, em 58 por cento.

Fonte: Rádio Moçambique apud Imensis, 11-08-2010

Conselho Cristão assiste enterros na vala comum

O CONSELHO Cristão de Moçambique passa a acompanhar, a partir de hoje, e sempre que possível, o enterro dos corpos não reclamados que semanalmente são enviados à vala comum no Cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo.

A ideia, segundo um comunicado recebido na nossa Redacção, é colocar pastores ligados a igrejas filiadas no Conselho a acompanhar aqueles serviços, no quadro do seu compromisso moral com questões de ética e moral, consolação das famílias, promover o relacionamento são entre a igreja e a sociedade, apoio aos necessitados e amparo e solidariedade humana.


Fonte: Maputo, Quarta-Feira, 11 de Agosto de 2010:: Notícias

segunda-feira, agosto 09, 2010

Piripiri baixa tensão arterial

CONSUMIR alimentos com piripiri (ou malaguetas) ajuda a baixar a tensão arterial, revela um estudo da Third Military Medical University, em Chongqing, na China, publicado na edição de Agosto da revista Cell Metabolism. A capsaicina, que é a substância responsável pelo sabor quente e picante do piripiri, previne problemas vasculares.

Os investigadores demonstraram, através de testes realizados em ratos de laboratório com hipertensão, que o consumo de Capsaicina, substância que dá o sabor picante e quente a pimenta, diminui a pressão do sangue.

De acordo com os cientistas, quando este composto está em actividade, aumenta a produção de óxido nítrico nos vasos sanguíneos, o que possibilita a protecção contra a inflamação e outros problemas vasculares.

Zhiming Zhu, principal autor do estudo, revela, no entanto, que não é obrigatório que as pessoas comam alimentos picantes para beneficiar das suas propriedades, visto existir uma substância semelhante à Capsaicina em alguns pimentos doces.

Fonte: Maputo, Segunda-Feira, 9 de Agosto de 2010:: Notícias
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1065330

quarta-feira, agosto 04, 2010

o Aniversariante!

Ha pessoas que comecam a produzir frutos na maior idade, mas outras nem precisam de envelhecer para agir e serem ouvidos.

Para o Pe.Giusepppe Melloni pelo seu aniversario natalicio!