sábado, fevereiro 12, 2011

Mais de 4 mil empresas contra pobreza urbana







MAIS de 4500 empresas formais devem ser estabelecidas nos próximos cinco anos, no quadro de um programa da iniciativa do Governo, em parceria com o sector empresarial, respondendo aos desafios do emprego ou ocupação da maioria dos jovens que vivem nas áreas urbanas.


A fase piloto do programa, apresentada quinta-feira em Maputo pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), começa a ser implementada ainda este trimestre, abrangendo jovens das cidades do Maputo e Matola.

Avaliado em cerca de 14 milhões de dólares norte-americanos, financiados por empresas participadas pelo Estado, públicas, privadas e parceiros de cooperação internacional, o programa (Pró Empresa Jovem) deverá criar pelo menos 30 mil empregos formais.

Segundo o Presidente do Conselho de Administração do IGEPE, Hipólito Hamela, as empresas nacionais irão contribuir para o estabelecimento do fundo com pelo menos dois milhões de dólares, sendo que outros 12 milhões serão conseguidos junto dos parceiros internacionais, os quais já manifestaram interesse em contribuir para o programa.

Aliás, algumas empresas participadas já começaram a dar a sua contribuição para esta iniciativa como forma de assegurar os 500 mil dólares necessários para o arranque do processo.

O programa pretende alterar o actual cenário, em que algumas iniciativas nacionais de desenvolvimento são lideradas por organismos internacionais ou organizações não-governamentais. Pelo menos é este o espírito que o Primeiro-Ministro, Aires Aly, transmitiu quando em Setembro se reuniu com empresas para falar da necessidade de encontrar formas de ocupar os jovens das áreas urbanas.

Hipólito Hamela explicou que a iniciativa pretende ser um complemento ao programa de combate à pobreza urbana, nomeadamente a extensão dos sete milhões para as cidades.

“Já temos uma boa indicação das empresas participadas pelo Estado. A nossa intenção neste momento é mobilizar 500 mil dólares para começar com o programa”, referiu Hamela.

Para esta iniciativa conta-se com a experiência do GAPI, uma instituição financeira com alguma tradição no apoio a pequenas e médias empresas.

“A ideia é dar instrumentos aos jovens para iniciar os seus negócios, pela via do auto-emprego ou pela via da criação de pequenas e médias empresas”.


Entretanto, alguns participantes ao acto de apresentação entendem que o programa deve identificar com maior precisão o seu público-alvo, privilegiando o financiamento de projectos passíveis de criar riqueza para o país.

Outros ainda são da opinião que na fase de implementação se deve aproveitar a experiência das agências de desenvolvimento já instituídas em algumas províncias, evitando a proliferação de instituições que acabam concorrendo para a mesma missão.

Maputo, Sábado, 12 de Fevereiro de 2011:: Notícias

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