sexta-feira, setembro 17, 2010

“Mão-de-obra nacional incapacitada para impulsionar desenvolvimento”

O director executivo da Associação Industrial de Moçambique (AIMO), Elias Come, disse esta quarta-feira, em Maputo, que a mão-de-obra nacional não está devidamente preparada para impulsionar o desenvolvimento das empresas moçambicanas por forma a garantir a sua competitividade a nível nacional e internacional.
Come, que falava a imprensa para anunciar a realização, a 22 de Setembro corrente, de uma conferência sobre a competitividade industrial, disse que das auscultações feitas pela AIMO às indústrias nacionais constatou-se que as mesmas se deparam com problemas de falta de técnicos que respondem às necessidades específicas das suas firmas.
“Temos que ter uma mão-de-obra que impulsione o desenvolvimento das nossas empresas. A nossa mão-de-obra não está preparada para ser um motor de crescimento de empresas, temos mais pessoas disponíveis para serem mandadas do que para executar de forma independente as tarefas”, sustentou Come na conferência de imprensa.
“Basicamente as empresas dizem que é difícil encontrar, a bom preço, localmente, técnicos que respondam às necessidades específicas das tecnologias e o tipo de indústria que nós temos. É preciso encontrar soluções”, acrescentou.
Questionado sobre as medidas imediatas para pôr cobro à falta de técnicos qualificados, Come respondeu que a mão-de-obra está a ser um custo para os industriais e que é urgente que se encontre uma solução.
“A mão-de-obra está a ser um custo para nós os industriais e é urgente que a gente encontre uma solução. Como soluções imediatas, neste momento, cada empresa vai se arranjando. Mas é esta situação que não devemos manter. O que acontece é que algumas empresas acabam optando em importar a mão-de-obra e com constrangimentos tais como a Lei de trabalho, mesmo no processo de integração, ambientação e diferença de culturas”, defendeu Come.
Para Come, a solução definitiva para este problema só poderá ser encontrada após a realização da conferência, na qual se espera que venham tomar parte representantes do Governo, sector privado, parceiros, académicos e outras partes interessadas.
A AIMO é uma associação que representa as empresas industriais. Foi fundada em 1989 por homens de negócios em representação de empresas líderes de mercado que pretendiam que a indústria se unisse para melhorar as condições de negócio em Moçambique.

Fonte: O pais/AIM , Quinta, 16 Setembro 2010 14:13

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