Economia cresce acima das previsões
A ECONOMIA moçambicana registou um crescimento de 9,5 porcento no primeiro trimestre deste ano, o que abre boas perspectivas para que se superem as previsões do Plano Económico e Social (PES) do Governo, que prevê, no final do ano, uma taxa de 6,3 porcento.
Dados divulgados ontem, em Maputo, pelo Banco de Moçambique (BM), referem que o incremento deveu-se à contribuição expressiva do sector da Agricultura – que cresceu 26 porcento dos serviços, comércio e reparação - cuja taxa aumentou 12,7 porcento; e transportes e comunicações e indústria transformadora – ambas com um incremento de 10 porcento.
“Estando o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer nessa fasquia, obviamente, que mais uma vez é esperado que a economia moçambicana venha a ter um desempenho muito bom, numa conjuntura em que o cenário externo ainda é marcado pelos efeitos do pós-crise financeira e económica internacional”, disse Waldemar de Sousa, Administrador do BM, durante uma conferência de Imprensa.
O administrador do Banco Central lembrou que no primeiro trimestre de 2008, a economia havia crescido 6,1 porcento, enquanto que em igual período de 2009, o crescimento foi de 6,2 porcento.
Todavia, a contrariar esta tendência positiva do desempenho da economia, os preços dos principais produtos no mercado nacional tendem a aumentar, com os dados referentes ao mês de Junho deste ano a apontarem para uma inflação acumulada de 10,25 porcento. As previsões do Governo eram de uma taxa de inflação média de 9,5 porcento até ao final de 2010, mas o Banco de Moçambique não descarta a possibilidade de se alcançar uma taxa de dois dígitos.
Waldemar de Sousa justificou o aumento da inflação com medidas adoptadas pelas autoridades moçambicanas com vista a eliminar os subsídios nos preços de alguns produtos, sobretudo nos combustíveis líquidos, que foram implementados para minimizar os impactos da crise financeira e económica internacional.
“É razoável falar de que estamos numa inflação correctiva. Este ano, entre Março e Junho, a correcção dos preços domésticos dos combustíveis líquidos superou os 27 por cento”, disse.
O administrador apontou outros factores que estão a contribuir para o aumento da inflação doméstica.
“Estamos a observar um período de maior enfraquecimento do metical face às principais divisas transaccionadas no mercado cambial doméstico. Este ano tem um rand sul-africano extremamente forte. O dólar norte-americano está a ter uma tendência de reversão da sua queda face às principais moedas internacionais. Assim sendo, o metical regista até ao mês de Junho perdas nominais de 29 porcento face ao dólar norte-americano”, disse Waldemar de Sousa.
Outro factor apresentado pelo administrador como tendo influenciado o nível de preços é a produção de hortícolas no primeiro trimestre.
“Tivemos um excesso de chuvas na cintura verde da cidade de Maputo, o que prejudicou a produção de hortícolas no primeiro trimestre. Isso que, obviamente, também contribuiu para a alta de preços, tendo em conta que a inflação é medida com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade de Maputo”, disse.
Fonte: Maputo, Quarta-Feira, 7 de Julho de 2010:: Notícias
A ECONOMIA moçambicana registou um crescimento de 9,5 porcento no primeiro trimestre deste ano, o que abre boas perspectivas para que se superem as previsões do Plano Económico e Social (PES) do Governo, que prevê, no final do ano, uma taxa de 6,3 porcento.
Dados divulgados ontem, em Maputo, pelo Banco de Moçambique (BM), referem que o incremento deveu-se à contribuição expressiva do sector da Agricultura – que cresceu 26 porcento dos serviços, comércio e reparação - cuja taxa aumentou 12,7 porcento; e transportes e comunicações e indústria transformadora – ambas com um incremento de 10 porcento.
“Estando o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer nessa fasquia, obviamente, que mais uma vez é esperado que a economia moçambicana venha a ter um desempenho muito bom, numa conjuntura em que o cenário externo ainda é marcado pelos efeitos do pós-crise financeira e económica internacional”, disse Waldemar de Sousa, Administrador do BM, durante uma conferência de Imprensa.
O administrador do Banco Central lembrou que no primeiro trimestre de 2008, a economia havia crescido 6,1 porcento, enquanto que em igual período de 2009, o crescimento foi de 6,2 porcento.
Todavia, a contrariar esta tendência positiva do desempenho da economia, os preços dos principais produtos no mercado nacional tendem a aumentar, com os dados referentes ao mês de Junho deste ano a apontarem para uma inflação acumulada de 10,25 porcento. As previsões do Governo eram de uma taxa de inflação média de 9,5 porcento até ao final de 2010, mas o Banco de Moçambique não descarta a possibilidade de se alcançar uma taxa de dois dígitos.
Waldemar de Sousa justificou o aumento da inflação com medidas adoptadas pelas autoridades moçambicanas com vista a eliminar os subsídios nos preços de alguns produtos, sobretudo nos combustíveis líquidos, que foram implementados para minimizar os impactos da crise financeira e económica internacional.
“É razoável falar de que estamos numa inflação correctiva. Este ano, entre Março e Junho, a correcção dos preços domésticos dos combustíveis líquidos superou os 27 por cento”, disse.
O administrador apontou outros factores que estão a contribuir para o aumento da inflação doméstica.
“Estamos a observar um período de maior enfraquecimento do metical face às principais divisas transaccionadas no mercado cambial doméstico. Este ano tem um rand sul-africano extremamente forte. O dólar norte-americano está a ter uma tendência de reversão da sua queda face às principais moedas internacionais. Assim sendo, o metical regista até ao mês de Junho perdas nominais de 29 porcento face ao dólar norte-americano”, disse Waldemar de Sousa.
Outro factor apresentado pelo administrador como tendo influenciado o nível de preços é a produção de hortícolas no primeiro trimestre.
“Tivemos um excesso de chuvas na cintura verde da cidade de Maputo, o que prejudicou a produção de hortícolas no primeiro trimestre. Isso que, obviamente, também contribuiu para a alta de preços, tendo em conta que a inflação é medida com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade de Maputo”, disse.
Fonte: Maputo, Quarta-Feira, 7 de Julho de 2010:: Notícias
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