segunda-feira, julho 26, 2010

Plano de gestão ambiental: Cimentos diz que cumpre sociedade pede provas

A CIMENTOS de Moçambique garante estar a cumprir integralmente com o plano de gestão ambiental, aprovado em 2007 pelo Governo para ser implementado na fábrica da Matola, província do Maputo. No entanto, representantes de diversos sectores de actividade que sexta-feira visitaram aquela unidade fabril, embora reconheçam o esforço da empresa, exigem a apresentação de dados numéricos sobre o nível de emissões de gases na atmosfera.

Nos últimos anos a unidade fabril da Matola foi largamente criticada devido às elevadas emissões de poeiras resultantes do funcionamento da fábrica, o que obrigou o Governo a exigir daquela indústria a apresentação de um plano de gestão ambiental que resultou na concessão da licença provisória ao abrigo da qual está actualmente a operar.
Sexta-feira os gestores da empresa convidaram representantes de diversos sectores de actividade para visitarem a fábrica no intuito de testemunharem os últimos desenvolvimentos em matéria de gestão ambiental daquela indústria.
Com efeito, o presidente do Comissão Executiva da Cimentos Moçambique, Steffen Kasa, explicou que a sua instituição já concluíu a montagem dos filtros, faltando a cobertura da secção de armazenamento das matérias-primas, investimento que está condicionado à finalização de um estudo já em curso.
Em Junho do ano passado foi inaugurado o filtro de mangas no arrefecedor da linha de produção de clínquer, num investimento calculado em cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos. “Agora estamos a inaugurar mais um filtro na área de recepção de calcário”, referiu Steffen Kasa.
Disse que a empresa está já a embarcar num novo projecto, nomeadamente a montagem de um filtro de mangas para o forno, o que, segundo argumentou, faz acreditar no cumprimento integral do plano de gestão ambiental até 2012.
“Nós temos uma política de emissões de gases na atmosfera dentro dos níveis aceitáveis em qualquer parte do mundo. Por isso, a tecnologia que estava instalada na fábrica não serve mais para este desafio”, referiu Steffen Kasa.
Entretanto, embora reconheça o esforço que tem vindo a ser desencadeado pela empresa com vista à mitigação do impacto ambiental do seu funcionamento, a sociedade está a exigir uma melhor política de comunicação com vista a colocar os interessados a par do que está a acontecer na cimenteira.
O representante da Justiça Ambiental, também presente naquela visita-encontro de auscultação, pediu, por exemplo, que nos futuros encontros a Cimentos de Moçambique coloque à disposição dados numéricos referentes ao nível de emissão de gases, ao que a direcção da empresa anuiu.
Outros participantes pediram prazos concretos para eliminação da nuvem de poeiras que por vezes é emitida pelas chaminés da fábrica, e que tem estado na origem da palidez das plantas localizadas nos arredores da fábrica de cimentos.
Sobre a nuvem de poeiras, a Direcção da Cimentos de Moçambique disse ser difícil apresentar datas, mas garantiu que foi já encomendado um estudo para avaliar o impacto das emissões e quiçá apresentar a melhor alternativa para acabar com a nuvem.
Aliás, com vista a minimizar a emissão de poeiras e fumos, a Cimentos de Moçambique substituiu o uso de carvão mineral por gás natural, daí que, segundo foi anunciado, estar se a poupar a natureza de cerca de 70 mil toneladas de dióxido de carbono.

notícias, Director: Rogério Sitoe. Maputo, Segunda-Feira, 26 de Julho de 2010

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