quinta-feira, agosto 12, 2010

Ainda este ano: Moçambique terá 1ª refinaria de ouro - revela a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no Búzi


A PRIMEIRA refinaria de ouro no país deverá entrar em funcionamento ainda este ano na província de Manica. O facto foi revelado ontem na vila do Búzi, em Sofala, pela Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no início do seu XXV Conselho Coordenador.

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Ainda este ano: Moçambique terá 1ª refinaria de ouro - revela a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no Búzi

A PRIMEIRA refinaria de ouro no país deverá entrar em funcionamento ainda este ano na província de Manica. O facto foi revelado ontem na vila do Búzi, em Sofala, pela Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, no início do seu XXV Conselho Coordenador.Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias
Recentemente a assessora do Ministério dos Recursos Minerais e Energia para questões de minas, Fátima Momade, anunciou em Barbeton, na África do Sul, que a empresa mineira sul-africana Pan African projecta construir uma fábrica de refinaria de ouro na província de Manica e que numa fase inicial a mesma deverá empregar cerca de 300 trabalhadores.

Dado o elevado valor necessário para construir o empreendimento, mais de 80 milhões de dólares norte-americanos, a Pan African está em negociações para a constituição de um consórcio com a Delta Trading - empresa que também tem interesses mineiros naquela província.

Fátima Momade afirmou também que a Pan African apresentou um projecto ao Governo moçambicano, no qual manifesta o desejo de explorar cerca de 16 mil hectares na província de Manica, onde deverá abrir três minas de ouro, designadamente “Fair Bride”, “Dot’s Luck” e “Guy Fawkes”.

“Costuma-se dizer que a província de Manica está por cima de ouro. Neste momento só os artesanais é que fazem a exploração e no conjunto produzem anualmente entre 75 e 100 quilos de ouro. Contudo, a Delta Trading completou recentemente um estudo de viabilidade da mina de ouro Monac, que lhe foi concedida para exploração, tendo concluído que a mesma pode produzir mais de 200 quilos de ouro por ano”, disse Fátima Momade.

Entretanto, a mineração artesanal, segundo a ministra Esperança Bias no encontro que decorre na vila do Búzi, tem criado diversos problemas ao meio ambiente e à sociedade quando não é desenvolvida de forma organizada de acordo com a legislação e quando não respeita as boas práticas ambientais, de saúde e segurança para o seu exercício.

A governante defendeu que sem a utilização de meios mecanizados a mineração artesanal é uma actividade dura, muitas vezes de elevado risco, sendo que o país deve avançar com a monitoria sistemática de actividade com recurso à refinaria.

Esperança Bias enfatizou, contudo, que a par da exploração industrial de minerais e da prospecção e pesquisa geológica levada a cabo por diversas empresas, os minerais artesanais e de pequena escala têm jogado um papel importante na produção mineira de ouro e gemas, como acontece nos casos de Manica, Tete, Zambézia e Nampula.

A ministra disse também que o Governo tem vindo, através do Fundo de Fomento Mineiro a apoiar os operadores artesanais, quando organizados de forma associativa, no fornecimento de assistência técnica, treino no exercício de boas práticas e concessão de empréstimos.

Acrescentou que a actividade ilegal de mineração artesanal é frequente no país, sendo muitas vezes promovida, fomentada e organizada por agentes de comercialização ilegais que traficam o ouro, pedras preciosas e semi-preciosas fora dos circuitos legais de exportação.

Este é, assim, um dos temas fundamentais neste conselho coordenador tendo em vista a procura de soluções para os moldes mais adequadas no exercício da actividade, exigindo-se até a revisão dos procedimentos regulamentares no combate à ilegalidade.

“Neste encontro voltaremos a discutir em que modalidades se deverão organizar os operadores mineiros artesanais. Não devemos forçar a constituição de associações de operadores mineiros artesanais, pois poderão existir outras formas de organização mais adequadas, por exemplo cooperativas” - sugeriu a ministra dos recursos minerais.

Por Horário João,
Fonte: Maputo, Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2010:: Notícias

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