quarta-feira, agosto 11, 2010

Líder Fórum dos Desmobilizados de Guerra preso em sua casa

Maputo (Canalmoz) – O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos, foi preso ontem, em plena noite, na sua própria residência, no bairro de Infulene, no Município de Matola (Vsff notícia da nossa edição de ontem).
A prisão ocorreu por volta das 19:20 horas, dias depois de ter sido sitiado por homens fortemente armados da Força de Intervenção Rápida (FIR), uma das unidades militarizadas da Policia da República de Moçambique (PRM).

Hermínio do Santos lidera os desmobilizados de guerra que têm programado para Setembro uma manifestação à escala nacional que deveria ser melhor preparada num encontro que está agendado para o próximo, 14 de Agosto.

A manifestação que está a ser preparada é em repúdio pela inércia do Governo, que desde 1992, não consegue prover os seus direitos, de entre eles as pensões.
Volvidos dezoito 18 anos, o Governo, segundo os desmobilizados, diz que ainda está a organizar o expediente com vista à fixação de tais direitos.

O Canalmoz recebeu ontem uma chamada telefónica do filho de Hermínio dos Santos, presidente da Associação dos Desmobilizados de Guerra, a informar sobre a detenção do seu pai em sua casa, já depois do sol posto, e sem qualquer mandato judicial.
Cinco minutos depois de ter recebido a informação do filho, o Canalmoz contactou o próprio Hermínio do Santos que nos confirmou que na altura estava de facto a ser detido. Disse-nos ainda que a sua prisão se devia ao facto de não ter se apresentado pela manhã dessa terça-feira, às autoridades. Assegurou não ter recebido alguma notificação policial, embora reconheça que na segunda-feira recebeu um telefonema de alguém que se identificou como sendo Dr. Matusse, a informar que ele estava intimado a comparecer na PIC, cidade de Maputo, segundo andar, na manhã de ontem.

O tal indivíduo, segundo nos reportou Hermínio do Santos, usou o telefone número 82 38 00 850. No mesmo dia em que recebeu essa chamada, Hermínio dos Santos remeteu uma queixa à PGR a solicitar intervenção do Procurador-Geral da República para repor a legalidade. (Outros enredos estão contidos na edição do Semanário Canal de Moçambique que sai hoje, quarta-feira).

Fonte: Canalmoz, 11-08-2010

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